O PSD de Monchique aprovou por unanimidade um voto de protesto sobre a presença de José Sócrates na conferência "Política, Justiça e Indiferença", que teve lugar no passado fim de semana em Vila Real de Santo António, a convite do autarca e líder do PSD Algarve, Luís Gomes.
A concelhia do PSD justifica esta medida, porque "José Sócrates é o principal arguido do processo “Operação Marquês”, inquérito crime em que está indiciado por corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, cuja prova de culpa ou de inocência falta apurar, tendo afirmado que a investigação do caso “Freeport” nasceu à medida de interesses partidários a partir do gabinete do Primeiro Ministro da altura; considerando-se vítima de uma campanha maquiavélica em que o direito à presunção de inocência foi transformado em presunção pública de culpabilidade".
Para o PSD de Monchique a figura de José Sócrates "é considerada polémica e para muitos um insulto à consciência democrática dos portugueses" e nesta medida os militantes presentes no plenário, "exprimem a sua profunda indignação pelo convite dirigido a José Sócrates, que a coberto de um convite pessoal do Presidente da Câmara de Vila Real de Santo, não deixa de ter uma conotação política e partidária; manifestar mágoa pela descredibilização da política e dos políticos que tais atos originam; e demonstrar o facto de que o plenário não se identifica com a postura de exploração do mediatismo, deste caso, de forma a abordar temas sobre justiça e política nacional, por parte do Presidente demissionário da Comissão Política do PSD Algarve conjuntamente com o ainda arguido e o ex-Primeiro Ministro Português".
Nesse sentido, os militantes Social Democratas presentes em plenário propuseram que o voto de protesto seja remetido à Comissão Política Nacional e à Comissão Política Distrital.
