Política

PSD Portimão acusa executivo de alterar data da Feira de São Martinho e "porquê?"

 
A Comissão Política do PSD de Portimão questiona em comunicado o porquê do corte com a origem histórica da data, há séculos articulada entre municípios da tradicional Feira de São Martinho.

 
Segundo os Social Democratas este ano a Feira arrancou no passado dia 2 de novembro, "sem qualquer vínculo à tradição ou consequência de registos históricos desta secular Feira", terminando precisamente a 11 de Novembro, Dia de São Martinho (tradicionalmente o dia do início), "perdendo todo o simbolismo da sua criação e o esplendor de outrora ser o ponto alto desta celebração".
 
Relembra o PSD/Portimão que, por exemplo, as feiras de Silves e Portimão têm uma origem histórica, realizando-se há séculos em datas fixas, de modo a não colidirem, permitindo que as duas localidades pudessem usufruir do mesmo direito.
 
Reforça ainda o PSD que a título de exemplo, a Feira de Lagoa seria no dia 6 de Novembro e, assim, provavelmente nem haverá este ano e a Feira de Lagos deveria começar a 22 de Novembro mas, terminando a de Portimão a 11 em vez de terminar a 18, seja previsível que os feirantes optem por seguir logo para Lagos ou então para outra qualquer região, não fazendo a de Lagos.
 
Para registo histórico, assinala o PSD que as datas remontam a 1662 quando D. Afonso VI emitiu o Alvará para a criação da Feira Franca de São Martinho na Vila Nova de Portimão e que a Feira de Todos-os-Santos de Silves foi criada por D. João II em 1491, fixando as datas tal como eram respeitadas em Portimão, até 2017.
 
Assim, questiona o PSD/Portimão, o porquê do executivo da Câmara Municipal de Portimão "ter adulterado o que vários Séculos demoraram a sedimentar".
 
Tendo esta medida influência directa em três municípios contíguos ao de Portimão, questiona igualmente se, em algum momento, houve uma articulação de datas entre os 4 municípios envolvidos, ou se esta foi uma decisão unilateral e abusiva por parte do município de Portimão.