O PSD de Portimão diz em comunicado que o seu vereador eleito, Manuel Henrique Valente, votou contra a proposta de orçamento para 2021 do município de Portimão, apresentada pelo PS.
O partido fala num, «orçamento pálido com um exercício previsional que não corresponde às necessidades efetivas do município». Para os sociais democratas, apesar do executivo socialista ter «apregoado o reforço» nas áreas sociais, habitação e famílias com a aplicação do saldo de gerência do ano transato, «o mesmo enquanto exercício previsional espelha ao invés uma diminuição percentual nestas áreas».
Segundo o Vereador do PSD Manuel Valente, as medidas, «poderiam ir mais longe tendo em conta o excedente orçamental relativo a 2019, nomeadamente na baixa percentual do IMI e aplicação de uma derrama reduzida favorecendo
alguns setores económicos mais castigados pela COVID-19.» Ainda assim, reconhece que a proposta «está fortemente condicionada pela negociação com a Comissão Executiva do FAM/PAM».
O PSD realça ainda que o Vereador, Manuel Henrique, mostrou preocupação com o aumento da despesa corrente, bem como à «assunção de despesa certa e permanente» associada à contratação de recursos humanos «tendo em conta os compromissos assumidos pelo município relativos à descentralização de competências», defendendo que as transferências e as receitas do exercício das novas competências cubram os gastos com os recursos humanos necessários para o efeito, mas considerando que esse trabalho,«é ausente pelo PS».
Por último, o mesmo comunicado avança que o Vereador transmitiu ao executivo permanente socialista que, não prejudicando os investimentos a realizar pelo município em áreas prioritárias como a habitação, dados os excedentes orçamentais verificados nos anos de 2017, 2018, 2019, o executivo deveria «como opção política», por fazer reembolsos antecipados ao FAM para libertar mais cedo o município da dívida.
Para o Presidente da Comissão Política do PSD de Portimão, e líder da bancada da Assembleia Municipal, Carlos Gouveia Martins: «Não vamos compactuar com um documento descontextualizado e sem referências a apoios, para além dos previstos de famílias identificadas e carenciadas, a famílias e portimonenses diretamente afetados pela COVID-19 em áreas como a da saúde, como o PSD propôs, um documento sem definição estratégica de apoio aos comerciantes e empresários locais em virtude da crise económica pandémica, como o PSD propôs, sem noção e reforço na ação educativa face às vicissitudes consequentes deste ano de 2020 como o PSD apresentou e propôs.»