Política

PS,PSD e CDS rejeitam proposta do PCP para abolir portagens na Via do Infante

Também a proposta do PCP para a rápida conclusão das obras de requalificação da EN 125 foi chumbada.

PUB
 
Segundo confirma o PCP em comunicado, o PS, PSD e CDS rejeitaram hoje na Assembleia da República o Projeto de Resolução n.º 1348/XIII/3.ª, do PCP, que recomenda ao Governo que desenvolva diligências necessárias à reversão para o Estado dos contratos das parcerias público-privadas da Via do Infante e da EN 125; proceda à imediata abolição de portagens na Via do Infante, devolvendo esta infraestrutura rodoviária às populações e à região; proceda à rápida conclusão das obras de requalificação da EN 125, incluindo as variantes e as estradas de acesso e ligação previstas no projeto inicial, dotando, para esse efeito, a empresa Infraestruturas de Portugal dos meios adequados.
 
De acordo com o mesmo comunicado, PS e PSD votaram contra (dois deputados do PSD eleitos pelo Algarve e um deputado do PS abstiveram-se, quatro deputados do PS eleitos pelo Algarve votaram a favor), enquanto o CDS se absteve. PCP, BE, PEV e PAN votaram a favor.
 
Os comunistas mostram-se indignados, porque "mais uma vez, PS, PSD e CDS convergiram para garantir a continuação das ruinosas parcerias público-privadas rodoviárias no Algarve e das portagens na Via do Infante".
 
O PCP diz mesmo que "mostram claramente que colocam os interesses dos grupos económicos que detêm as concessões da Via do Infante e da EN 125 acima dos interesses do Algarve e dos algarvios. Para preservar os avultados lucros destes grupos económicos, PS, PSD e CDS não hesitam em continuar a sacrificar as populações e as pequenas/médias empresas regionais".
 
O PCP recorda que "se ainda há portagens na Via do Infante, deve-se às opções de PS, PSD e CDS. Foi um Governo PS que decidiu, em 2010, introduzir portagens em todas as concessões SCUT de norte a sul do País. Foi um Governo PSD/CDS que, em dezembro de 2011, concretizou essa medida na Via do Infante. É um Governo PS que, agora, insiste em manter as portagens, apesar de ter prometido em campanha eleitoral que as iria reduzir em 50%".