Família

Quando os pais aceitam a deficiência de um filho, toda a sociedade aceita!

 
Muitas famílias experimentam a dificuldade em aceitar o facto de terem um filho com deficiência, o que é muito prejudicial para todos, na medida em que, quanto mais e melhor os pais perceberem que aquele filho precisa da sua ajuda, mais fácil e rapidamente o vão ajudar a incluir-se na sociedade.

Naturalmente que, a maior parte das famílias não sabe ou não está preparada para fazer esse processo sozinha e de forma isolada, pelo que, o fundamental é solicitar apoio psicológico o mais precoce possível. Com esse apoio, outros se vão acrescentar e aumentar o leque de ofertas e de oportunidades para o filho.
 
É importante ter em conta que, para além do apoio que se presta a um filho que tem uma qualquer necessidade especial, é uma prova de amor fazê-lo e permitir que essa criança se sinta importante e tão válida como qualquer outra que não apresenta a mesma limitação. Cabe aos pais esse papel fundamental, ainda que saibamos que muitos, lamentavelmente se demitem dessa função e acabam por desencadear muitos mais problemas para si mesmos e para a vida do filho do que se tivessem encetado um processo conjunto de consciencialização da realidade.
 
Muitos pais estão mais focados na sociedade e no que as pessoas possam dizer acerca de terem um filho com deficiência do que propriamente com a realidade do filho e com as suas necessidades, é por isso que se torna tão importante que os pais enfrentem a realidade, que tomem consciência dos seus deveres, direitos e, acima de tudo, da sua responsabilidade.
 
O profissional de psicologia fará um  trabalho específico que vai permitir que os pais passem por um processo de aceitação de forma estável e segura e, ao mesmo tempo que a criança ou jovem se inclua nesse processo para que se aceite e tire muito mais partido das suas potencialidades.
 
É de salientar que, acima de qualquer preconceito, os pais têm de se assumir como protetores de um filho que apresente qualquer tipo de necessidade especial e ponderar, com a ajuda técnica, qual a melhor forma de lhe assegurar a qualidade de vida, o respeito e a dignidade que merece.
 
Fátima Fernandes