Tem vindo a ser uma aposta a nível nacional que agora é reconhecida internacionalmente. A água da torneira que se consome em Portugal é de excelente qualidade.
Tendo por base os dados revelados na passada quinta-feira, a água analisada passou de "muito boa" para um nível de excelência.
O responsável da ERSAR adiantou que, dos casos de incumprimento detectados 80% não afectam directamente a saúde.
Estes resultados colocam a água da torneira numa posição de quase perfeição, já que, segundo critérios internacionais, 99% da água distribuída por todo o país é de boa qualidade.
Segundo fonte da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos, passamos de uma qualidade muito boa para uma situação de excelência, “e atingimos pela primeira vez, em 2015, 99% de água segura, o que constitui um critério considerado internacionalmente como nível de excelência".
No âmbito da divulgação do relatório anual sobre Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano referente a 2015, Luís Simas esclareceu que, dos casos de incumprimento detectados, 80% são parâmetros indicadores e que não afectam directamente a saúde.
A qualidade da água situa-se num nível elevado, mesmo nas zonas com maior densidade populacional, assegura o mesmo responsável.
No ano passado, foram realizadas mais de meio milhão de análises, ficando por fazer 330, o que, segundo o director do Departamento da Qualidade da Água, está em linha com anos anteriores e significa que o controlo continua a ser feito "com grande rigor e com resultados que permitem ter uma ideia muito precisa e exacta do que é a qualidade da água nas torneiras".
No caso do Algarve, a qualidade da água tem vindo também a merecer uma maior confiança nos consumidores que optam por recorrer à torneira em vez de procurarem a água engarrafada como era habitual no passado.
As 15 entidades gestoras em alta (venda de água aos municípios) continuam a revelar melhorias na qualidade da água fornecida e realizaram todas as análises regulamentares, com uma taxa de cumprimento dos valores paramétricos de 99,84%, segundo a ERSAR.
Tendo por base o mesmo relatório, o desempenho das entidades gestoras em baixa (serviço directo ao consumidor) continua a reflectir as assimetrias regionais, sendo no interior que se concentram os incumprimentos, essencialmente nas zonas de abastecimento com menos de 5.000 habitantes.
Nos locais do país em que não há rede pública de distribuição de água, estão disponíveis 280 fontes ou fontanários, nos quais "declaradamente a água é controlada".
Na mesma intervenção, o responsável da ERSAR alertou para a necessidade de evitar as fontes assinaladas com a informação "água não controlada", uma vez que a água destinada a consumo humano tem de passar por critérios rigorosos e análises regulares como forma de garantia dessa qualidade e confiança.