Família

Quer ter filhos mais felizes? Siga estes 6 passos

 
Ser pai ou mãe é uma tarefa complexa, que exige uma constante atualização e um acompanhamento diário. Todos sabemos que os filhos não vêm com manual de instruções, que as experiências de outros pais nem sempre se adequam às nossas e que, para os pais é difícil e exigente saberem, no momento certo, qual a melhor atitude a tomar em situações específicas.

É com o intuito de ajudar os pais e os seus comportamentos para com os filhos que listamos 6 atitudes que  devem ser tomadas com os mais novos, sob pena de os prejudicarmos no seu desenvolvimento.
 
Antes de passar para a fase seguinte, é importante que todos os pais tenham em mente que, muito mais importante do que assumir um erro, é dar-se oportunidade de o corrigir e de melhorar algo que possa ter corrido menos bem. Todos falhamos e, quando nos apercebemos disso, devemos reagir e procurar fazer algo diferente. Ao mesmo tempo, quando não sabemos o que fazer, devemos pedir ajuda especializada. Um médico, um psicólogo, um amigo podem ser muito úteis num momento delicado e com mais dúvidas.
 
As 6 preciosas atitudes que deve tomar para ter filhos mais felizes, inteligentes, maduros, responsáveis e trabalhadores são:
 
1.Não deixe que o trabalho preencha todo o seu tempo
 
Reserve um tempo diário para estar, brincar e conversar com os seus filhos. Tal como uma planta precisa de ser cuidada diariamente, uma qualquer relação precisa dessa atenção e carinho. Os filhos precisam de muito tempo e atenção dos pais para que cresçam e se desenvolvam de forma sadia e equilibrada. Os pais precisam de apoiar, de colocar limites, de dar uma direção, um rumo aos seus filhos e, para isso, precisam de tempo e de dedicação.
 
2.Defina um mau exemplo
 
As crianças precisam de saber o que são atitudes aceitáveis para que as possam distinguir das outras e compreender qual é a sua direção. Para tal, os pais precisam de se assumir, de clarificar e de mostrar os bons exemplos, ao mesmo tempo em que rejeitam e classificam outros como negativos. Será dessa forma que as crianças vão construir os seus valores e perceber qual é o melhor caminho a seguir. Os valores devem ser claros e as regras compreendidas e cumpridas, pois só assim o bom exemplo faz sentido.
 
No mesmo enquadramento, os pais devem encontrar formas de satisfazer as necessidades emocionais dos filhos sem cometer excessos, mas sim, mostrando esse bom exemplo: ser capaz de dar atenção em troca dela, ter valores claros e sentimentos identificados.
 
3.Não expresse  desagrado com frequência e como um hábito de vida
 
Há pessoas naturalmente mal dispostas com tudo e com todos, que têm por hábito estar sempre a expressar o seu degrado, muitas vezes sem saberem a razão dessa atitude.
 
Antes de manter essa postura crítica face a tudo, coloque-se no lugar dos seus filhos e pense se eles merecem essa atitude depreciativa. Em muitos casos, os filhos fazem uma de duas coisas: ou fazem de tudo para agradar os pais e verem se eles melhoram a sua atitude, ou por outro lado, fazem tudo para os provocar e deixá-los ainda mais chateados com a vida. Segundo
 
Michael Pearl,  “quem não consegue ensinar os filhos a fazer como deveriam, é muito melhor diminuir as suas exigências e apreciá-los como eles são., sem permitir que os seus olhares de desagrado se tornem algo normal”. Quer isto dizer que, uma criança pode crescer e ser indisciplinada, mas não há nenhuma razão para lhe adicionar um sentimento de não ser amado e incapaz de agradar alguém, realça o mesmo autor de diversos livros.
 
4.Os pais têm de impor limites
 
Deixar os filhos fazerem somente aquilo que lhes apetece e esperar que eles cresçam com regras, valores e limites é “um atentado” à educação de qualquer criança. Desde o berço que os mais novos precisam de saber aquilo que podem e não podem fazer e quais as razões dessa diferença. Mais uma vez, os pais precisam de tempo e dedicação para transmitirem estes importantes ensinamentos e, antes disso, precisam eles de ter muito esclarecido aquilo que pretendem que os filhos aprendam. Muitos pais não dizem nada para não serem “chatos” e acabam por ser eles a sofrer as consequências dessa passividade.
 
5.Ajude-os a escolher as suas companhias
 
Se é verdade que, um jovem não se afasta do seu caminho só por influência dos amigos, mas por erros graves na sua educação, também é um facto que, o processo decorre tão melhor quanto os pais estiverem atentos e souberem marcar a sua posição ainda que de forma mais subtil. O filho não precisa de saber diretamente que os pais os estão a ajudar a escolher os amigos, basta que se habitue a apresentá-los e a acatar as orientações dos seus pais. Este processo vem da infância e será mais vincado na adolescência, onde os amigos ganham um novo papel, por isso, é fundamental que os pais lhes deem liberdade e compromisso ao mesmo tempo numa  fase de maior inconsciência e em que essa ajuda dos adultos é preciosa.
 
6.Dê responsabilidades aos seus filhos
 
Desde cedo, habitue os seus filhos a serem responsáveis e a assumirem os seus atos. Tenhamos em conta que a vida é mesmo assim, damos satisfações aos nossos pais, depois damos aos nossos professores, colegas, amigos e mais tarde aos nossos empregadores. De certa forma, todos nos responsabilizamos por todos os nossos atos de forma mais direta ou indireta. Em casa acontece o mesmo. Os pais negociam com os filhos e estes cumprem as suas responsabilidades e justificam alguns comportamentos, fazem escolhas e daí por diante. Tudo começa com o simples ato de arrumar os seus objetos, de colocar a roupa suja no cesto e de levantar o prato da mesa. A exigência vai aumentando com a idade e as responsabilidades também. Não abdique deste importante processo de aprendizagem e de desenvolvimento da maturidade.
 
Sobre este ponto em concreto, Michael Pearl  sublinhou que, “Tenho observado um princípio bonito, as crianças que agem com responsabilidade são as mais felizes e mais seguras no amor e baseadas na boa vontade.  É desta forma que aprendem a amar o seu próximo”.
 
Fátima Fernandes