Sociedade

Quercus defende demolições no Parque Natural da Ria Formosa

Para a Quercus, o sistema de ilhas-barreira da Ria Formosa encontra-se em risco devido aos previsíveis efeitos das alterações climáticas, pelo que a retirada de edificações e a posterior renaturalização e alimentação do cordão dunar apresentam-se como "inadiáveis".

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Na sequência da polémica em volta das demolições na Ria Formosa, a Quercus alertou hoje num comunicado, para a necessidade do processo de demolições não parar, dando continuidade ao projeto de "reestruturação e requalificação das Ilhas Barreira e espaços terrestres contíguos para a conservação do sistema de ilhas-barreira do Parque Natural da Ria Formosa.
 
A Associação ambientalista, refere que o processo de demolições na Ria Formosa surge no âmbito do Programa Polis Litoral da Ria Formosa, "um instrumento financeiro essencial" à execução do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) – Vilamoura – Vila Real de Santo António, o qual tem como objetivos principais "a defesa e valorização dos recursos naturais e do património histórico cultural", assim como "a valorização e qualificação das praias consideradas estratégicas por motivos ambientais e turísticos".
 
Considerando estes objetivos, as demolições das edificações e infra-estruturas privadas instaladas ilegal e inadequadamente no domínio público constituem, segundo a Quercus, "a única hipótese viável para assegurar a proteção do ecossistema lagunar, bem como para garantir o seu usufruto de forma sustentável, considerando que esta área lagunar dá um contributo importante para a economia da região do Algarve". 
 
A Quercus frisa que está a acompanhar "atentamente" a execução das obras de retirada de edifícios e de remoção de entulhos, tendo já solicitado um pedido de esclarecimentos junto da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, no sentido de garantir que são cumpridas todas as disposições legais em matéria de gestão de resíduos de construção e demolição.