Será Querença, no concelho de Loulé; o local onde vai ser criado um centro de investigação científica, ligado às questões ambientais – um projecto de dez milhões de euros, a desenvolver pela Arto Carpus Castelo Foundation (ACCF), com sede na Finlândia.
Este centro, dedicado ao turismo científico e cultural, “segue o mesmo espírito do que é realizado no famoso Parque Nacional Nuuksio, em Espoo, na Finlândia”, adianta Fernando Pessoa, autor do projecto de arquitectura paisagista.
O objectivo principal, sublinha, é “estudar e proteger os ecossistemas mediterrânicos do barrocal, em rede com várias universidades”.
O projecto, que entrou na Câmara de Loulé no mês de Outubro, desenvolve-se numa área de cerca de dez hectares, num monte junto à ribeira da Fonte da Benémola.
O equipamento de apoio à actividade científica, denominado Casas da Benémola, contempla 17 quartos e duas suites. “Não é um resort”, enfatiza Fernando Pessoa, lembrando que o objectivo do projecto, "promovido por uma organização sem fins lucrativos, é proteger os ecossistemas mediterrânicos do barrocal”.
A particularidade de se desenvolver num lugar “singular” do ponto de vista ecológico, “vai colocar o Algarve na rota do turismo científico e cultural”.
O presidente da MVG, Luís Guerreiro, já manifestou o desejo de juntar a área da ecologia aos projectos que a instituição já desenvolve com a Ualg, no âmbito do Centro de Estudos Algarvios.
O projecto tem como base a triologia homem, natureza e cultura, defendida na proposta de investimento da Fundação Arto Carpus Castelo e promete envolver várias entidades, nomeadamente a autarquia de Loulé e a Universidade do Algarve como alicerces fundamentais para acrescentar o propósito em causa.