Na semana passada, a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS) informou para alguns cuidados a ter dada a presença de animais invertebrados também conhecidos como "lesmas do mar" em praias do concelho de Loulé.
Em comunicado a ARS Algarve, avançou ter havido registo de afluência de utentes à Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Quarteira e ao Serviço de Urgência Básica de Loulé, com "dor localizada, queimadura, ardor e comichão, após terem sido picados por invertebrados marinhos, tipo lesmas do mar, nas praias entre Quarteira e Quinta do Lago", aconselhando atenção aos veraneantes "evitando o contacto, dentro ou fora da água" com os respetivos invertebrados.
Acontece que esta segunda-feira o Instituto Português de Malacologia (IPM), esclareceu que o alerta é "falso", já que as "lesmas do mar" ocorrem de facto e às vezes são mais comuns que noutras ocasiões, mas não constituem qualquer perigo para os utentes da praia.
Gonçalo Calado, professor de biologia marinha na Universidade Lusófona, assegura "que nenhuma espécie causa qualquer urticária".
Para o mesmo cientista, "as picadas sentidas poderão ser de cnidários (anémonas ou alforrecas) ou mesmo de fitoplâncton presente na água, mas nada têm a ver com as "lesmas do mar".
O Instituto Português de Malacologia informou também que a ARS Algarve removeu o alerta da sua página na internet.