Sociedade

"Ministro da Saúde prometeu que resolveria situação do Hospital de Faro em quatro meses" – Francisco Amaral

No dia em que o Bastonário da Ordem dos Médicos visita o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve para chamar a atenção do governo para a necessidade de médicos especialistas nesta unidade hospitalar, Francisco Amaral disse ao Algarve Primeiro que «os governos têm de se preocupar mais com a saúde dos portugueses».

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No entendimento deste médico e autarca, «perde-se demasiado tempo com a banca e com politiquices, quando a saúde dos portugueses deveria estar na linha da frente de todos os governos. O CHUA tem fortes carências de especialistas há anos e a situação está cada vez pior, sobretudo porque os médicos são bem remunerados nas clínicas privadas e mal pagos no SNS. Enquanto o ministério das finanças não disponibilizar mais investimento para a saúde, o CHUA vai continuar a ter estas carências de especialistas, não tenhamos dúvidas disso».
 
 
Francisco Amaral adiantou ao nosso jornal que, «já várias vezes disse em reuniões na AMAL que o ministro da saúde prometeu no início do seu mandato que resolveria a situação do Hospital de Faro em quatro meses e que depois viria cá para avaliar a situação. Nem o ministro conseguiu cumprir essa promessa, nem mais cá voltou para ver a situação que está cada vez pior».
 
«É evidente que o ministro não tem uma varinha de condão, mas também é um facto que o problema tem de começar a ser tratado sob pena de saírem ainda mais especialistas do Hospital de Faro. A mudança de siglas não resolve a questão de fundo que é remunerar melhor os especialistas para que os mesmos permaneçam no serviço público».
 
Francisco Amaral realçou que «é uma vergonha o que se passa por exemplo na ortopedia em que os livros mandam operar uma fratura no fémur em 48 horas, uma vez que existe risco de morte associado e no Hospital de Faro, os doentes chegam a esperar semanas para serem operados».
 
Para além desta realidade, «temos carência de anestesistas, ginecologistas, dermatologistas e por aí a diante».