Política

Redução do valor das portagens na Via do Infante não dispensa continuação da luta pela sua abolição - PCP

Por iniciativa do Grupo Parlamentar do PCP, a Assembleia da República realizou hoje, um debate sobre as portagens nas autoestradas do Algarve (Via do Infante), da Beira Interior (A23), do Interior Norte (A24), da Beira Litoral e Beira Alta (A25) e de Trás-os-Montes e Alto Douro (A4).

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Para melhorar a mobilidade e as acessibilidades no interior do país e no Algarve, para combater as assimetrias regionais, para travar a desertificação e o despovoamento, para diminuir a sinistralidade rodoviária, para melhorar as condições de vida das populações, para dinamizar as economias locais, o PCP propôs a abolição imediata das portagens em todas estas autoestradas, apresentando, para o efeito, cinco projetos de resolução.
 
O Projeto de Resolução que propõe a imediata abolição da cobrança de portagens em toda a extensão da Via do Infante foi rejeitado com os votos contra de PS, PSD e CDS, confirmam os comunistas, "apesar de estarem mais do que demonstradas todas as consequências negativas para a economia regional e para os utentes da existência de portagens na Via do Infante, estes três partidos optaram, mais uma vez, por rejeitar a proposta do PCP de abolição destas portagens"
 
O PCP promete continuar a lutar "empenhadamente", no Algarve e na Assembleia da República, pela abolição das portagens na Via do Infante.
 
A Assembleia da República discutiu e votou também um Projeto de Resolução do PS, que recomenda ao Governo a redução do valor das portagens nas autoestradas do interior e nas vias rodoviárias sem alternativas adequadas de mobilidade e segurança.
 
O PCP votou favoravelmente a proposta do PS, contribuindo para a sua aprovação. O Grupo Parlamentar do PCP defende que "apesar da proposta do PS ficar aquém da abolição de portagens defendida pelo PCP, permitirá aliviar, no imediato, o fardo que recai sobre os utentes (particulares e empresas) cuja luta tem sido fundamental para evidenciar esta injustiça".
 
Na ótica do PCP, "esta redução das portagens que precisa de ser urgentemente efectivada, deve ser um passo intermédio para, a curto prazo, se atingir o desejado objetivo de eliminação total e definitiva de portagens na Via do Infante".
 
O PCP diz continuar a intervir sobre esta matéria até que a abolição das portagens seja uma realidade, apelando "aos trabalhadores e às populações do Algarve para que intensifiquem a sua luta visando a concretização desse objectivo".