Sociedade

Regenerarte detetou nova plantação de abacates no Algarve tendo denunciado às autoridades

A associação Regenerarte volta a denunciar nova plantação de abacates no Algarve, depois de ter travado a exploração da Frutineves no concelho de Lagos.

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Segundo a associação em comunicado, após a denúncia feita na semana passada à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT) sobre irregularidades detetadas no concelho de Aljezur, foram notificadas a averiguar a situação, quatro instituições, com responsabilidades no licenciamento e fiscalização, designadamente, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve no âmbito de regime jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental e Reserva Ecológica Nacional, a Agência Portuguesa do Ambiente/Administração de Região Hidrográfica do Algarve na proteção dos recursos hídricos, o Instituto da Conservação Natureza e das Florestas, na proteção da conservação da natureza e análise de incidências ambientais, e Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural no regadio.
 
De acordo com a Regenerarte, esta quinta-feira, esteve no local o SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR) a fazer averiguações e a recolher testemunhos da alegada exploração.
 
A Associação de Proteção e Regeneração dos Ecossistemas diz opor-se «veementemente», à proliferação de qualquer tipo de monocultura intensiva no Algarve por esta não ser sustentável, «principalmente porque é intensiva no consumo de água e uso de herbicidas e fertilizantes, numa região onde os efeitos das alterações climáticas são muito claros com as estatísticas oficiais a evidenciarem, em simultâneo, a redução dos níveis de precipitação, a redução das reservas de água, o aumento da temperatura e a situação de seca moderada no território», conclui.