O Presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, transmitiu ao nosso jornal que a decisão do Governo do Reino Unido de manter a exclusão de Portugal da lista dos destinos seguros, e por isso obrigar os passageiros a quarentena, "é uma enorme desilusão".
Para Elidérico Viegas, a expetativa era de que os britânicos revertessem a situação. O representante do hoteleiros algarvios, disse ao Algarve Primeiro que os números não são animadores para a hotelaria, com as atividades congéneres como a restauração e as empresas turísticas, a sentirem também os efeitos da escassez dos turistas britânicos, temendo que a medida a manter-se, "não só compromete a atividade na época alta, como também no golfe turístico, que começa a partir de setembro e desenvolve-se até novembro, sendo outro setor importante para a economia da região".
Critica o Reino Unido por ter "dois pesos e duas medidas", não compreendendo a razão de Portugal ficar fora do corredor aéreo, quando outros destinos concorrentes têm taxas de contágio e óbitos "bastante superiores" sendo vistos como seguros.
O presidente da AHETA, realça que seria positivo se a medida fosse revertida, referindo que nestas avaliações do Governo britânico "parece haver outros critérios que não a pandemia". Pede assim à diplomacia portuguesa, que nogoceie as decisões, "sabemos que tem sido feito algum trabalho, provavelmente é preciso fazer mais".
Elidérico Viegas fala de um "verão atípico", e lembra que a região do Algarve, é um destino seguro, "desde que as unidades hoteleiras reabriram, não se ouviu falar de surtos em hotéis, precisamente porque há esse cuidado de serem locais seguros", concluiu.
Outros países mantêm restrições a viajantes de Portugal, como Áustria, Irlanda, Noruega, Dinamarca, Finlândia ou Bélgica.