A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve esta manhã em Faro, para a cerimónia de início das obras do UAlg TEC Campus - aceleradora de empresas, no Campus da Penha da Universidade do Algarve.
O UAlg TEC Campus tem como principal objetivo a dinamização e expansão da base tecnológica da região, a nível nacional e internacional, para as áreas das tecnologias da informação. O projeto é cofinanciado através do Programa Operacional Regional do Algarve 2014-2020 (Cresc Algarve 2020).
Ao Algarve Primeiro, o reitor da Ualg, disse que o projeto é um dos mais ambiciosos dos últimos anos na instituição, «diria que nesta última década é o mais marcante e temos a indicação que será o mais impactante também na próxima década. Por vezes há investimentos que são importantes cujo impacto é mais interno, este é claramente um investimento que vai ter uma grande visibilidade e uma grande importância para diversificar a economia, permitindo uma maior interação da universidade com as empresas e das empresas com a universidade».
Paulo Águas reforçou que nos últimos 30 anos, a ciência tem sido produzida com «intensidade» nas instituições de ensino superior, «e a última década tem sido a da terceira missão, isto é, a transferência de tecnologia e de conhecimento para as empresas, e ressalvo que esse conhecimento é transferido essencialmente por diplomados».
Ao todo, o projeto do UAlg TEC Campus, terá um investimento de 6,6 milhões de euros, com uma taxa de financiamento de fundos comunitários na ordem dos 70% (4,2 milhões), repartidos entre um maior investimento no Campus da Penha, e uma segunda componente no Campus de Gambelas.
Na Penha, o espaço será composto por dois pisos, com uma área de implantação acima do 4.000 m2, permitindo, segundo o Reitor, ter cerca de 350 pessoas altamente qualificadas a trabalhar, além de um conjunto de empresas da área das tecnologias da informação e comunicação, «que vão prestar serviços ao nosso tecido económico, com emprego mais bem remunerado e não sazonal com impacto na região e muito particularmente na cidade de Faro».
Para a ministra, o projeto hoje revelado, «é o melhor exemplo da aplicação de fundos europeus, permitindo que as empresas trabalhem com investigadores a transferência de conhecimento, sendo este o tipo de projetos que fazem a diferença».
Referindo-se ao percurso da Ualg, nos últimos 41 anos, Ana Abrunhosa assinalou «a extraordinária importância que a instituição tem tido para o desenvolvimento do Algarve», chamando a atenção para o número assinalável de candidaturas «sendo por isso atrativa», dispondo de centros de investigação que se destacam, além da sua internacionalização. Neste contexto, os seus 41 anos, «dão-lhe ao mesmo tempo uma grande responsabilidade, neste processo de mudança que temos de fazer numa das regiões que mais está a sofrer com a pandemia e que terá de fazer uma grande mudança, para não voltarmos a passar pelo mesmo», sustentou.
Ministra da Coesão Territorial - Ana Abrunhosa
A governante defende um Algarve mais competitivo, mais resiliente, menos dependente de uma só atividade económica, «embora o turismo continue a ser uma atividade económica importante para a região e para o país», referiu. Aos jornalistas lembrou que a região vai ter um reforço suplementar de 300 milhões de euros de fundos europeus, sendo que uma fatia importante será para a Universidade do Algarve, «porque não tenho dúvida que terá um papel muito importante na diversificação da base económica e social da região», conclui.