Economia

Reunião da rede Investalgarve defende necessidade de diversificar áreas económicas da região

 
A AMAL - Comunidade Intermunicipal do Algarve promoveu, no âmbito do Projeto Inova Algarve 2.0, uma reunião da rede Investalgarve – Rede Regional de Apoio ao Desenvolvimento Económico e Social. O encontro, que decorreu ontem, contou com cerca de 70 participantes.

A reunião, onde participaram vários técnicos das autarquias da região e de outras entidades públicas e privadas, contou com a presença do presidente da CCDR Algarve, José Apolinário, e do Presidente da AMAL, António Pina, que encerrou os trabalhos.
 
Segundo comunicado da AMAL, o programa incluiu a apresentação de vários painéis focados em 3 temas estratégicos: “Os Instrumentos de Apoio à Recuperação e Desenvolvimento do Algarve (2021 – 2027)”; “O futuro do sector agroalimentar no Algarve” e “A situação do emprego no Algarve e principais medidas previstas”. No que diz respeito aos oradores, participaram no encontro várias individualidades maioritariamente do Algarve entre elas, Pedro Monteiro (DRAP Algarve), Sara Silva (Comissão Vitivinícola do Algarve), Vítor Neto (NERA), Miguel Freitas (UAlg.), Luís Gomes (UAlg.), Carlos Lobo (E&Y) e Madalena FEU (IEFP).
 
“Fortalecer a economia do Algarve e melhorar as taxas de execução dos Programas Operacionais Regionais” são dois dos principais objetivos que José Apolinário, recentemente empossado como Presidente da CCDR Algarve, aponta para os próximos anos. Para este responsável “é, igualmente, imperioso - até porque o contexto pandémico que vivemos atualmente assim o exige - , salvar as empresas da região, valorizando fortemente a economia local”. Quanto ao plano de recuperação do Algarve, que está a ser desenvolvido pela AMAL, em parceria com a Universidade do Algarve, José Apolinário referiu que “é importantíssimo que chegue a bom porto para preparar a região para o futuro, tornando-a mais resiliente e com áreas mais diversificadas na sua base económica, não estando esse peso apenas no sector turístico”.
 
“Diversificar as áreas económicas do Algarve é, também, a grande bandeira da AMAL neste processo”, afirmou António Pina, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve. “Não podemos ser uma região que continue a depender do sector turístico para o seu desenvolvimento. É um sector muito importante, mas não podemos depender unicamente dele e a pandemia veio recordar-nos isso”. O responsável da AMAL sublinhou que “precisamos de fomentar o hábito de consumir localmente. É necessário, por exemplo, que se crie a consciência, tanto nos que cá vivem, como nos que nos visitam, que é importante consumir os produtos locais que são, aliás, de ótima qualidade”.
 
A AMAL recorda que os projetos que forem aprovados neste âmbito espelham a preocupação e expectativas dos 16 municípios do Algarve em várias áreas (nomeadamente saúde, habitação, mobilidade, alterações climáticas) e terão de ser executados até 2026.
 
O plano nacional conta com um orçamento de 12,9 mil milhões de euros, com financiamento através de subvenções, sendo 70% desembolsado durante 2021 e 2022, e o restante em 2023. A AMAL está a desenvolver este plano para a região com a Universidade do Algarve – Faculdade de Economia e uma equipa de consultores experientes nestas matérias.
 
“Este é, porventura, o maior desafio da nossa região dos próximos tempos. E é um desafio de todos, assim o saibamos defender e concretizar” referiu, a terminar, António Pina.
 
O projeto Inova Algarve 2.0, resulta de uma candidatura aprovada no âmbito do sistema de apoio a Ações Coletivas (SIAC) – Qualificação, com enquadramento no Programa Operacional Regional Cresc Algarve 2020, pela Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA), pela Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), pela Universidade do Algarve e pela Tertúlia Algarvia – Centro de Conhecimento em Cultura e Alimentação Tradicional do Algarve. Foi criada em 2015 e pretende reforçar a capacidade empresarial das PME da região para o desenvolvimento de processos de inovação, estimulando práticas de cooperação, sensibilizando e capacitando as PME para os fatores críticos de competitividade nos domínios de inovação. Ou seja, constitui um sistema de resposta, em rede, para o estímulo ao empreendedorismo, ao investimento e ao espírito empresarial da região.