O Farense celebrou hoje o regresso à I Liga de futebol depois de 18 anos de afastamento.
Em comunicado, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional fixou as promoções dos dois primeiros classificados da II Liga, Nacional e Farense, e a despromoção dos dois últimos, Cova da Piedade e Casa Pia.
Em declarações ao Algarve Primeiro, Rogério Bacalhau - Presidente da Câmara Municipal de Faro, não escondeu «o grande orgulho que sinto neste momento porque o Farense sempre foi um clube que esteve no coração de todos nós». Para o autarca, «esse apreço sempre esteve bem presente tanto nesta divisão como na anterior, pois o número de adeptos em campo sempre revelou essa forte ligação ao clube. Houve situações em que esse número até era muito superior ao de muitos clubes que estavam na 1ª Divisão».
Recordou as jornadas em que o Farense esteve em primeiro lugar, pelo que, «há que dar os parabéns ao João Rodrigues, a toda a Direção, à equipa técnica e aos jogadores que fizeram uma excelente época, sendo que isto resulta de uma recuperação muito grande em termos desportivos, mas também é preciso ter em conta a recuperação financeira que o clube tem feito, criando condições para que esta subida seja efetiva e para que venham ainda melhores resultados no próximo ano».
Ao nosso jornal o autarca evidenciou que, «tendo em conta as contingências, não se pode celebrar esta subida da forma desejada, mas o facto de não podermos fazer uma festa não tira a satisfação de todos os farenses de ver o seu clube na 1ª Divisão 18 anos depois».
Sublinhou que, «é uma subida justa, porque o Farense esteve sempre em primeiro e em segundo lugar, fez uma excelente competição, pelo que é perfeitamente merecido». O edil mostrou-se ainda confiante face ao futuro, acreditando que a atual Direção será capaz de suportar esta subida, pois «perante o trabalho que tem vindo a ser feito, criando as condições técnicas, a nível das pessoas que estão no clube e que podem vir a ajudar, tal como as condições logísticas, pode dizer-se que, esse trabalho tem vindo a ser preparado».
Na mesma intervenção, Rogério Bacalhau disse que, dadas as circunstâncias em que nos encontramos em tempo de pandemia e em Estado de Calamidade, «cada um deve festejar, ter o seu orgulho e satisfação em termos individuais, vivendo este momento em casa e partilhando com os outros, mas cada um sozinho».
Enfatizou que «as coisas estão a correr bem no Algarve em termos de pandemia, pelo que, agora não podemos baixar a guarda porque, de um momento para o outro, podemos ter um novo surto e isso estragaria certamente a festa» deixando o apelo: «vamos comemorar individualmente e… esperar que isto passe».
Susana Brito