Política

Rogério Bacalhau critica demoras do Governo que condicionam o desenvolvimento de Faro

 
O reeleito presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, criticou esta segunda-feira os atrasos nas repostas do Governo a projetos farenses e pediu “mais celeridade” nas decisões para que não impeçam o desenvolvimento da cidade.

No discurso da tomada de posse para seu o terceiro e último mandato como presidente da Câmara de Faro, que decorreu no Teatro das Figuras, agradeceu o voto de confiança aos farenses que lhe permitiam conquistar seis dos nove mandatos em disputa, mas quis deixar um alerta”.
 
“É a comunidade farense quem perde. Perde tempo e perde oportunidades de desenvolvimento, que ficam muitas vezes moribundas, no tampo de uma secretária em Lisboa”, sublinhou.
 
Como exemplo referiu os “três anos” desde que a Senhora Ministra do Mar se “comprometeu a dar andamento” ao plano de pormenor para o Cais Comercial, a transferência de competências em matéria de portos ou das áreas da Docapesca, que realçou estar a aguardar “desde há um ano” homologação do Ministro das Finanças. “Até quando”, questionou.
 
O património que o Estado detém na cidade foi outro exemplo que apontou estar “inutilizado e a degradar-se”, revelando estar a aguardar pela passagem definitiva do edifício Governo Civil para a autarquia.
 
Em relação as seu terceiro mandato, assumiu que “com ou sem as verbas” prometidas pelo Governo, os projetos de habitação social “não cairão”, estando o executivo a consultar a banca para constituir para avançar com a habitação social que o concelho necessita e que “ninguém faz há mais de 20 anos”.
 
A candidatura capital europeia da cultura 2027 é outro dos objetivos para os próximos quatro anos que realçou estar inserida num projeto cultural que ultrapassa os limites do concelho e “abarca todo o Algarve”.
 
Na componente de segurança, o autarca destacou que Faro irá ter neste mandato o seu corpo de polícia municipal - outro projeto que sublinhou ter estado um ano nos gabinetes do governo – assim como o projeto de videovigilância, que fará com que as “pessoas se sintam mais seguras e acompanhadas”.
 
Na mesma cerimónia, o presidente da Assembleia Municipal (AM) eleito, Cristóvão Norte afirmou que neste mandato é preciso “concretizar” e, numa AM onde a coligação vencedora não tem uma maioria absoluta, realçou que é preciso “gerar consensos”, essenciais para que se aprove o orçamento, o plano diretor municipal ou regulamentos.
 
O social-democrata Rogério Bacalhau foi reeleito com maioria absoluta para um terceiro mandato, no passado dia 26 de setembro pela coligação "Unidos por Faro", tornando-se no primeiro presidente a ser eleito em três mandatos consecutivos.
 
A coligação PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM obteve 47,76% dos votos, conquistando seis dos nove mandatos em disputa, com uma diferença de 4.386 votos para o PS, que elegeu três vereadores.
 
Lusa