Desporto

RTA, AMAL, AIHSA, AHETA E NERA estranham F1 sem público depois de «meses de trabalho com entidades públicas»

Foto|D.R
Foto|D.R  
As cinco entidades algarvias dizem que foi "com surpresa" que viram hoje na comunicação social a divulgação de um alegado impedimento da presença de público no Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, que se vai realizar no Algarve no dia 2 de maio.

Estranham o sucedido, visto não terem recebido qualquer comunicação oficial da parte do Governo relativamente a essa decisão. Conforme explicam em comunicado, "há meses a esta parte", que têm vindo a trabalhar com a DGS, Autoridade de Saúde Regional e com as forças de segurança e a Proteção Civil de forma garantir que o Grande Prémio de Portugal F1 se realize com todas as condições de segurança quer para para residentes quer para visitantes: "E nada aponta para uma tal eventualidade (ausência de público)".
 
Na mesma missiva emitida, esclarecem que o evento está a ser organizado com as medidas mais restritivas de todo o circuito da F1, - "nomeadamente as mesmas exigências que são impostas aos passageiros para as viagens de avião": é realizado ao ar livre e num perímetro de mais de 5 km de extensão onde serão aplicadas fortes reduções de capacidade, obrigatoriedade de realização prévia de testes para todos os espetadores, obrigatoriedade permanente do uso de máscara e imposição de distanciamento social, além de equipas em sistema de bolha, vigilância permanente e disponibilização de álcool-gel.
 
Salientam que antes e depois do GP de Portugal, os GP de Imola (18 abril) e GP Barcelona (9 maio), terão público nas bancadas, mesmo sem medidas tão restritivas. Assinalam ainda que este tipo de eventos são estratégicos para o arranque da economia de uma região que está em concorrência direta com destinos turísticos mediterrânicos e que tem sido a mais assolada pelo desemprego "e, simultaneamente, a que melhor tem prevenido e controlado a pandemia de forma consistente, em território continental".
 
As mesmas entidades relembram que o impacto económico da corrida de 2020 para o Algarve e para Portugal foi superior a 30 milhões de euros e o impacto mediático superior a 60 milhões de euros, tendo alcançado 42 milhões de pessoas via televisão e 24 milhões de pessoas via redes sociais. 
 
Lembram que de acordo com o plano de desconfinamento, a 19 de abril já serão permitidos espetáculos em locais fechados, como cinemas, teatros e salas de espetáculos, a abertura de centros comerciais (o GP F1 está previsto para 2 de maio) e que as medidas propostas para este evento são muito mais exigentes que qualquer outro evento em Portugal.
 
Acrescentam que após a corrida de 2020, foi feita uma análise estatística da representatividade regional e local dos espetadores, comparada com a incidência regional e local da doença Covid-19, "verificando-se a inexistência de qualquer impacto ou correlação entre ambos. Além disso, não foi nunca mencionado ou comunicado qualquer surto que tivesse origem nos espectadores da Fórmula 1", concluem.
 
Entidades:
 
RTA- Turismo do Algarve
 
AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve
 
AIHSA – Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve
 
AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve
 
NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve