Uma área que considera prioritária é a da saúde, referindo que Albufeira tem 18 mil pessoas sem médico de família e que será por aí que irá atuar: "por exemplo, pode haver um parceria publico-privada entre a Câmara e uma entidade privada ou do terceiro setor, nomeadamente a Santa Casa da Misericórdia, para serem criadas condições, através do programa "Bata Branca", contratando médicos de família com o objetivo de, no primeiro ano, chegarmos às 12 mil consultas a quem não tem esse tipo de assistência".
A habitação é outras das prioridades do novo presidente de Câmara, referindo que o seu antecessor anunciou que há bolsas de terrenos para habitação no concelho, e que agora será necessário verificar onde e como existem essas bolsas. "A maior dificuldade que nós temos é claramente a falta de habitação, e temos os nossos jovens a saírem para fora do concelho. Além disso, temos um Plano Diretor Municipal que está em revisão e é preciso acelerar o processo para que rapidamente se possa dar início à construção de habitação a custos controlados ou acessíveis". Nesta área, o autarca reforçou ainda a construção de casas de função para médicos, professores e militares da GNR.
Questionado sobre as medidas que vão ser tomadas a curto prazo, Rui Cristina falou da necessidade de se fazer uma auditoria procedimental e outra financeira, para saber o estado da autarquia, "de forma a podermos avançar rapidamente. As pessoas têm grande expetativa, eu próprio tenho grandes expetativas, mas não tenho uma varinha de condão, tentarei fazer isto da melhor maneira e mais factual possível", referiu.
Relativamente ao programa de fim de ano "Carpe Nox", o edil criticou o anterior executivo por deixar o programa fechado, considerando que houve "uma pequena precipitação, pois tomei posse ontem, hoje é o meu primeiro dia como presidente da Câmara Municipal de Albufeira, e já temos um programa. Para ser sincero, gostaria de ter uma palavra a dizer, e sinto que estou de mãos atadas, gostaria de olhar e pensar. Houve esta pressa em ultimar o programa e agora, só me cabe a mim, dar continuidade ao trabalho", registou.
Sobre a questão da segurança, o autarca disse que não está no exercício das suas funções "contra ninguém", mas entende que é preciso falar com os empresários da noite, "teremos de nos sentar à mesa para discutir com eles e com representantes da população e chegar a um consenso. Como está a Rua da Oura e como está a baixa da cidade, acho que não deve continuar. Eu vou à Rua da Oura, e peço desculpa o que vou dizer, mas aquilo cheira a esgoto, e como tal, tem de haver ali uma requalificação urbana; em que os empresários também têm de nos dar algo em troca e teremos necessariamente de fazer um reforço do efetivo da Polícia Municipal e no número de câmaras de videovigilância para garantir mais segurança. Portanto, acho que será uma corrida contra o tempo", sustentou.
O autarca confidenciou que seria interessante recuperar um padrão do passado, em que o fluxo turístico criasse uma "economia florescente, não só de jovens, que vêm para consumir, mas também as famílias que reforçam a economia local", defendendo que quer "um turismo com mais qualidade" para Albufeira.
Rui Cristina disse estar pronto para avançar, e que daqui a 6 meses fará o balanço do seu trabalho.