Dizem os entendidos em terapia conjugal que, quando um relacionamento amoroso é forte, não é a distância que diminui o amor.
Se este facto é verdadeiro, também é real que, quando essa chama não se alimenta, naturalmente que a relação vai perdendo o interesse. Assim, é importante usarmos os recursos que temos ao nosso dispor para que a chama se mantenha e, se possível até aumente, mesmo quando um dos parceiros tem de se ausentar por alguns períodos de tempo.
O recurso às novas tecnologias constitui um forte alicerce da paixão e, na medida certa e com um nível significativo de envolvimento e de à vontade, pois mostrar-se através de um ecrã exige que a desinibição faça parte da união a dois, é possível viver momentos de intenso prazer, sustentam os entendidos.
É também imperioso que a relação não conheça tabus ou que, pelo menos, os consiga reduzir à medida em que vai praticando o sexo à distância.
Ambos os parceiros devem aceitar que se trata de um processo gradual, que irá melhorando à medida em que se pratica, mas que é fundamental para que a ligação se mantenha ativa e interessante, pois fazer amor é um dos requisitos básicos para alimentar uma relação. Quando temos de enfrentar a distância, na sua maioria devido a uma alteração profissional, forçosamente teremos de encontrar alternativas.
O sexting, o sexo por telefone e as videochamadas eróticas tornaram-se os melhores aliados para minimizar os impactos da distância física e manter uma relação intensa, pelo que devemos explorar essa modalidade com uma mente aberta e disponível, colocando o amor acima de qualquer preconceito ou receio.
Para os especialistas, é importante ter em conta estas recomendações quando se pretende praticar sexo à distância:
1. O sexo por telefone é uma das opções preferidas dos casais
Ligar para linhas diretas eróticas para fazer sexo por telefone é uma das formas preferidas para que milhões de pessoas se conectem sexualmente, sem o contacto físico. Partindo dessa base e interesse que se vem mantendo ao longo dos anos, faz sentido que os casais também o pratiquem e que desfrutem de muitos momentos de prazer, explicam os especialistas.
O casal deve encontrar um local seguro e discreto, de preferência o quarto, para poder estar à vontade, descontraído e sem vergonha para se dar ao outro. Basicamente deve conseguir criar um ambiente semelhante ao que tinha antes da despedida. Depois, é só dar largas à imaginação: usar um tom de voz apropriado, as palavras mais adequadas à ocasião, os estímulos eróticos preferidos e que ambos bem conhecem e ter em conta que deverá explicar por palavras o que está a fazer e a sentir, pois nesta modalidade não há imagens e é fundamental que o outro entenda o que se está a passar. É ainda essencial que se divirtam, que digam frases amorosas um ao outro, que brinquem com a situação e que encurtem a distância através dessa ligação.
2. Aprenda a praticar o Sexting
Uma das melhores maneiras de elevar a temperatura numa conversa erótica no seio do casal é com uma fotografia sem roupa. Fazer sexo através de plataformas de mensagens que permitem chats, chamadas de áudio e vídeo é uma ótima alternativa para quem não se sente confortável com o sexo por telefone ou não consegue expressar o que sente e o que pensa naquele momento. No entanto, só pratique esta ou outra modalidade quando e se se sentir confortável e disponível para o fazer. Tal só é recomendado quando o casal atinge um bom grau de maturidade, de intimidade e de confiança, o que requer algum tempo e treino, no entanto, é uma excelente alternativa para quem está afastado fisicamente, na medida em que alimenta a chama e permite que a relação conheça novidades e outras formas de encontrar o prazer.
3. Recurso a brinquedos sexuais
Os brinquedos sexuais também podem fazer parte do sexo à distância.
Neste tipo de relacionamento e, como já dissemos, quando existe um bom grau de confiança entre os parceiros, tudo é permitido, até o recurso a objetos eróticos. Há inclusive materiais que podem ser controlados à distância e que são um forte aliado do erotismo e do prazer entre os casais.
4. Encontros para manter a sexualidade viva
É evidente que as dicas que apresentamos acima ajudam a reduzir a distância e a manter viva a chama do amor e do prazer, no entanto, é fundamental que não se perca de vista a importância do contacto físico, por isso, não deixe de planear uma viagem para que possa estar presencialmente com quem ama e que dê também esse importante valor ao relacionamento.
5. Partilhem os fetiches sexuais
Todos os casais são diferentes e têm acordos emocionais e sexuais que permitem que se sintam confortáveis no seu relacionamento. Por isso, manter uma comunicação aberta e sincera é fundamental para que a relação e o desejo permaneça mesmo condicionado pela distância. Os fetiches sexuais fazem parte de muitos homens e mulheres e devem ser partilhados no seio da relação, uma vez que, se torna muito mais provável e acessível poder concretizar algo que se deseja muito. Há por exemplo, elementos que gostariam muito de fazer sexo com outra pessoa, sem que isso interferisse na sua relação, tal como há quem sonhe com uma relação a três ou um homem que gostaria de fazer amor com uma mulher grávida. É importante que confidenciem estes desejos e que, na medida do possível, os tornem realidade sem que isso perturbe o amor que sentem, a confiança e o bem-estar emocional de cada um.
Registe que, seja qual for o estilo de relação, é crucial que ambos os elementos da parceria amorosa comuniquem livremente, que digam o que sentem, que aprovem e desaprovem aquilo de que gostam mais ou menos, já que isso é respeito por si mesmos e pelo outro. É ainda importante que se fale abertamente dos sentimentos, em presença ou à distância, que se assumam medos, interesses e desejos, já que, no seu todo, é isso que dá forma e estrutura a um relacionamento.
Fátima Fernandes
