Curiosidades

Saiba como é que homens e mulheres são diferentes no amor

Foto|Freepik
Foto|Freepik  
Desde que o amor romântico se instalou na cultura ocidental que, «as relações passaram a ser mais complicadas».

Todos idealizam um relacionamento de sonho, um par ideal, a família “perfeita” e poucos estão preparados para aceitar que essa realidade não existe e que, para mantermos uma relação estável e saudável com alguém, temos de dar muito de nós e sermos capazes de receber também o que o outro tem para nos dar.
 
Devemos aceitar-nos tal como somos e estar também preparados para aceitar as diferenças e particularidades do outro. Devemos respeitar-nos e saber devolver o mesmo respeito a quem amamos e estar prontos para viver muitas alegrias, mas sofrimento também, pois não há casamentos nem relações perfeitas, muito menos sem “altos” e “baixos” e ainda menos sem conflitos, crises e fases delicadas. Tudo isso faz parte do amor, por muito que não queiramos aceitar esse facto, dizem os especialistas em terapia conjugal.
 
Segundo os mesmos entendidos, a maioria dos homens tem medo de amar e não assume essa condição. Passam de uma relação para outra sem que se preocupem muito com os sentimentos do outro e sem que se libertem emocionalmente. Dão-se pouco e não tomam consciência de que o fazem por  não quererem aprofundar o assunto com quem amam e por , muitas vezes, nem darem tempo a que uma relação evolua e que comece a dar os seus frutos.
 
Por outro lado, as mulheres são peritas em idealizar o parceiro e em estar sempre à procura do par ideal. Só querem quem perderam, só desejam quem não têm ao seu lado e só apreciam quem está comprometido, caso esse homem seja bem aceite pelas amigas.
 
Depois, o homem sofre de um problema que lhe perturba o amor: o medo do compromisso. Se por um lado deseja viver uma relação sólida e duradoura que lhe transmita fidelidade, confiança e cumplicidade, por outro, teme envolver-se e gostar de estar numa relação, pois receia que a mesma possa terminar e que o faça sofrer.
 
De acordo com os especialistas, este medo que a maior parte dos homens sente de amar uma mulher, de gostar de estar numa relação e de a manter no tempo, deve-se ao receio que estes homens sentem em dececionar a sua mãe.
 
Trata-se de um processo a nível inconsciente que faz com que, os homens que têm uma relação muito próxima com a mãe, temam traí-la, pelo que nunca se dão verdadeiramente a uma mulher para que possam estar sempre disponíveis para amar a mãe e estar prontos para ela quando lhe liga ou pede ajuda.
 
Dessa forma, muitos homens dão-se sem que participem muito ativamente na relação para que possam estar sempre com “um pé de fora” e com uma boa margem de liberdade para poderem sair do relacionamento quando quiserem e quando for necessário. É como se a mãe fosse uma entidade superior que os orienta e impede que vivam o amor por alguém em liberdade e com qualidade. Esse facto dá lugar a que, estes homens se queixem permanentemente da mulher que têm ao seu lado, já que assim nunca se ligam muito a ela e leva a que digam que sentem sempre uma sensação de falta, pois nunca se sentem verdadeiramente preenchidos, sublinham os entendidos.
 
Estes homens queixam-se, mas são eles os responsáveis pelo fracasso de sucessivas relações. Na realidade, deveriam ter coragem para assumir o que sentem, o que realmente lhes falta e aprenderem a valorizar o que têm para que possam ser felizes e capazes de darem mais de si que é isso que dá qualidade e longevidade a uma relação, recomendam os especialistas.
 
Por seu turno, muitas mulheres  encaram uma relação como um conto de fadas, com príncipes, castelos, cavalos e tudo o mais. O homem tem de ser especial, o melhor do mundo, alguém capaz de as proteger, de lhes retirar todas as desilusões com outros homens, de lhes dar uma felicidade infinita e intensa, não possuir defeitos ou algo que as possa impedir de o amar.
 
Estas mulheres românticas querem que o homem seja o melhor do pai, a substituição deste quando não foi bom, a sua fonte de segurança e a garantia de confiança. Agarram o homem como se de um salvador se tratasse e inventam uma história de amor à sua medida. Na maioria das vezes, o companheiro não se dá conta do filme onde está metido, mas percebe que não se consegue enquadrar no sonho da esposa, pois esta está sempre zangada, triste e desiludida, uma vez que, vive uma profunda irrealidade.
 
Estas mulheres negam o romantismo doentio e dizem-se modernas, independentes e esclarecidas, mas na prática, pulam de relação em relação porque não encontram o tal príncipe encantado. Quando têm alguém ao seu lado, querem tanto torná-lo nesse ser perfeito que fazem de tudo para mudá-lo. Depois não gostam do produto final que obtiveram, cansam-se dele e partem para outra relação.
 
Segundo os entendidos nesta matéria, a maioria das mulheres não quer um homem ao seu lado, mas sim as características de uma mulher. Como tal não é possível, passam a vida a atribuir qualidades negativas aos parceiros, a dizer que eles são todos a mesma coisa e, naturalmente, a procurarem as amigas para desabafarem e para chorarem as mágoas.
 
Estes homens só têm o problema de não se comportarem como uma mulher, já que é isso que se procura e não o sexo oposto! Como estes homens não correspondem ao desejado, fala-se mal deles, recorre-se às amigas com o pretexto de desabafar, mas no fundo é nelas que se encontra o que se precisa, explicam os especialistas nesta matéria.
 
Estas mulheres nunca vão encontrar um homem à sua medida porque simplesmente não amam a personalidade, o estilo e as características de um homem.
 
Por norma, são mimadas e desejam ser tratadas como verdadeiras princesas, logo, eles são o oposto dessa fantasia e, claro, nunca vão estar à altura das suas expectativas. Na posição dos entendidos, é por isso que há tantas mulheres infelizes e a reclamarem dos homens.
 
Já se percebeu que, amar não é fácil, que uma relação é complexa e requer muita arte, inteligência, diálogo e empenho de parte a parte para que o amor se desenvolva. Para isso, é preciso muito mais do que um par romântico. É necessário que duas pessoas maduras se assumam tal como são, que se esforcem por serem todos os dias melhores e que respeitem o outro, ao mesmo tempo em que se respeitam. Amar requer lucidez, disponibilidade e maturidade, por isso, entenda este apontamento como um despertar para uma nova fase e um novo desafio para o amor real e não para a fantasia.
 
Fátima Fernandes