No próximo dia 27 de maio passam 162 anos sobre o nascimento de Manuel Teixeira Gomes, considerado o mais prestigiado portimonense, cujo aniversário vai ser assinalado por uma programação especial, que inclui um concerto com música ao gosto do homenageado, uma conferência–debate e a doação de um quadro que fez parte do espólio do escritor, diplomata e Presidente da República.
Em nota enviada ao Algarve Primeiro, o município avança que as comemorações decorrerão em dois momentos diferentes e arrancam no dia 28 de maio, a partir das 18h00, com a doação à Casa Manuel Teixeira Gomes do quadro “A Adoração dos Reis Magos” por parte de António Macieira Coelho, filho do professor Eduardo Coelho (1895-1974), que se correspondeu com Teixeira Gomes e de quem recebeu esta pintura, já no final da vida do escritor.
Segue-se a apresentação do programa preliminar do futuro núcleo museológico da Casa Manuel Teixeira Gomes e o concerto “Teixeira Gomes – A música que lhe trazia paz”, a cargo da pianista Laura Quaresma e da violoncelista Bárbara Santos, que vão interpretar obras de Marcello, Fauré, Rachmaninov, Glazunov, Saint-Saens, Mendelsshon, Bridge, Chopin e Bloch.
Este primeiro momento inclui leituras de textos de Manuel Teixeira Gomes, a cargo de Júlio Ferreira.
O programa, da responsabilidade do Município de Portimão, encerra a partir das 18h30 de 3 de junho, com a conferência-debate “Teixeira Gomes – A Guerra e a Paz”, a cargo do professor catedrático Nuno Severiano Teixeira, que irá abordar o relevante papel do então ministro plenipotenciário de Portugal em Londres aquando da entrada do país na 1ª Guerra Mundial (1914-1918), bem como enquanto chefe da delegação portuguesa nas complexas negociações que levaram aos acordos de paz, nas conferências internacionais de Spa, Londres, Génova e Genève, chegando a vice-presidente da assembleia-geral da Sociedade das Nações, antecessora da ONU.
Por caprichos do destino, os dois últimos anos de vida deste homem que abominava a guerra foram passados em plena 2ª Guerra Mundial, quando a vitória da Alemanha nazi parecia imparável, nomeadamente no Norte de África, onde acabou por falecer, em 1941, descreve a mesma nota.