No primeiro mês do ano, o Cineteatro Louletano apresenta algumas residências artísticas, como é o caso de “Thy Brain”, de Maria Fonseca, na área da dança. Entre 4 e 15 de janeiro, este trabalho de fundo faz um paralelismo entre a anatomia do cérebro, a arquitetura do espaço de palco e a sua tradução emocional. Cada área do palco corresponde a uma área do cérebro que é habitada por luz ou pelo corpo presente, em movimento ou som.
Segundo informa nota do Município de Loulé, nem todas as residências resultam obrigatoriamente em espetáculos, mas “RELOAD – Nenhum Lugar é, sem um Génio…” terá no Cineteatro essa componente. Esta residência, prevista entre 10 e 19 de janeiro, é uma performance participativa que integra pessoas locais, com um objetivo: colocar a hipótese de recomeçar do zero um pensamento sobre a nossa própria existência. RELOAD termina com um espetáculo, no dia 20 de janeiro, às 21h00, no Cineteatro Louletano, com a participação das pessoas que integraram o processo criativo.
Em janeiro de 2023, regressa também o Cinema Francês, um ciclo promovido em Loulé pela Alliance Française com o apoio do Cineteatro Louletano, que leva ao Auditório do Solar da Música Nova um novo filme a cada mês. São “películas” difíceis de encontrar nos circuitos comerciais. A 10 de janeiro, pelas 21h00, o filme francês do mês será “La Vie Scolaire, de Grand Corps Malade & Mehdi Idir”, uma comédia de 2021, com entrada gratuita.
No dia 21, às 21h00, há o regresso de uma banda mítica que marcou uma geração. Ana Deus, o ex-GNR Alexandre Soares, Miguel Ferreira, Fred Ferreira, Rui Martelo e Eleonor Picas. São os Três Tristes Tigres, banda liderada por Ana Deus (ex-BAN) que ficou famosa com a canção “O Mundo a Meus Pés”, entre outras. A banda juntou-se e vai reencontrar-se com uma vertente mais rockeira e eletrónica, com canções retiradas do álbum de regresso do projeto, "Mínima Luz", primeiro disco dos Tigres desde "Comum", de 1998.
Também a 21, mas um pouco antes, às 17h00, continuam os concertos Crescendo, pelo Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado, espetáculos de entrada gratuita no Auditório do Solar da Música Nova. Uma oportunidade de mostrar o trabalho dos alunos (e professores) do Conservatório aos pais, amigos e a qualquer outra pessoa da comunidade que queira juntar-se e apreciar um concerto de música clássica, tocado pelos aprendizes.
No dia seguinte, a 22, pelas 15h00, chegam as Janeiras, com o tradicional Encontro de Charolas. Participam o Grupo de Janeiras da AGAL (Rancho Infantil e Juvenil de Loulé), as Charolas das Barreiras Brancas- AGAL, o Grupo Coral de Quarteira, o Grupo de Charolas da Casa do Povo da Conceição de Faro, a Charola Juvenil Bordeirense e a Charola da Banda Musical de Tavira.
A 23, regressa um festival que ganhou novo nome no ano passado, mas que inclui a já conhecida Monstrare, a Mostra de Cinema Social. Durante uma semana, até dia 28, a Algarve Film Week – organizada pelo Loulé Film Office - leva a Loulé filmes e documentários de referência, incluindo ainda os Prémios Cinetendinha e a participação de um festival convidado, desta vez o Cine Atlântico, dos Açores. Como novidade, a disponibilização de workshops para os mais novos, em Almancil e em Quarteira. É o Cinekids. Todas as atividades da Algarve Film Week são de acesso gratuito.
A 26, às 19h00, a programação é dirigida especialmente à infância e às famílias, com a intérprete conhecida Catarina Furtado. A apresentadora de televisão é a narradora desta estória, que é também uma lição sobre sustentabilidade ambiental. Um evento que é um livro, um disco e um espetáculo e que tem também a participação de José Pedro Gil na voz e narração e de Emanuel de Andrade no piano.
Quase a fechar o mês, ainda há lugar para uma outra peça dirigida à infância, a 29 de janeiro. É teatro que contempla dança, com “Capuchinho”, pelo Teatro Plage, com duas sessões, para ver às 10h00 e às 11h30, para bebés e famílias, numa encenação de Paulo Lage e coreografia de Elsa Madeira.
Por fim, haverá um concerto de Rita Vian, no ciclo Ilustres Desconhecidos, para ver e ouvir a 29 de janeiro às 17h00, no Auditório do Solar da Música Nova, com Língua Gestual Portuguesa. A voz de Rita, já não é propriamente estranha a algumas playlists de rádios nacionais, caso do remix de Branko para o single “Sereia” ou do tema “Purga”, que conta com um vídeo realizado por João Pedro Moreira (Buraka Som Sistema, Regula, Dino D`Santiago). Esta canção de Rita foi considerada pela plataforma digital TIDAL uma das melhores músicas de 2020, a canção nacional de 2020 pela rádio RADAR e uma das canções portuguesas que salvaram 2020 pelo jornal Observador.
A terminar, mais uma residência artística, desta vez com “Conversas Emergentes”. O Plano Nacional das Artes e a Companhia Caótica juntam-se para conversas / laboratórios regionais que, ao longo da Bienal "Cultura e Educação” irão percorrer o país para tomar o pulso da criação e programação das artes performativas para a infância e juventude, em cada região de Portugal.