Sociedade

"Sal e Flor de Sal de Castro Marim" já é “marca” legalmente protegida

Foi determinada, a nível nacional, proteção à denominação "Sal de Castro Marim" / "Flor de Sal de Castro Marim" como denominação de origem.

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Em comunicado, a autarquia de Castro Marim faz saber que, o uso desta denominação de origem fica reservado aos produtos que obedeçam às disposições constantes no respetivo caderno de especificações depositado na Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
 
Esta iniciativa, candidatada pela Cooperativa Terras de Sal com o apoio do Município de Castro Marim, “é um enorme passo no reconhecimento da excelência do Sal e Flor de Sal de Castro Marim”, manualmente recolhidos e seco ao sol em plena Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, o que lhe permite a sua cor naturalmente branca e a retenção de microelementos da vida marinha, contrariamente ao sal industrial, extraído com recurso a meios mecânicos e depurado com sistemas e produtos industriais.
 
De acordo com a mesma entidade, a produção de sal é uma atividade tradicional “e um dos ex-libris” do município de Castro Marim, que diz ter-se empenhado, “ao longo dos anos”, em ações diversas para a revitalização da atividade salineira, assente no princípio de que é um “produto único e distinto”. Além da formação de salineiros, a Câmara Municipal tem trabalhado na valorização desta atividade, tendo inclusive produzido o documentário "Os Dias do Sal", de Ivan Dias, que traduz a identidade castromarinense, profundamente ligada à exploração do sal, e todo o potencial deste produto nos mercados nacionais e internacionais.
 
O mesmo comunicado refere ainda que, a autarquia irá aprovar nestes dias a entrega de espaços no Edifício Multifuncional de Empresas à Cooperativa Terras de Sal, contribuindo para que possam também potenciar a sua relação institucional com o mercado.
 
Susana Brito