Política

Salários em atraso, nadadores-salvadores, pescadores e transportes orientam jornada do PCP no Algarve

 
O PCP realizou ontem uma jornada de contacto com os trabalhadores e populações algarvias que contou com a participação do deputado João Dias.

 
Em comunicado, o PCP faz saber que, a situação que se vive no Grupo JJW (empresa do ramo hoteleiro) com cerca de 500 trabalhadores com salários em atraso, e conhecido que é também o facto “do seu proprietário ser um multimilionário estrangeiro” confirmando “o aproveitamento que esta empresa está a fazer do surto epidémico”, levou a que se tenha realizado uma concentração destes trabalhadores junto a um dos hotéis promovida pelo Sindicato da Hotelaria.
 
No mesmo documento, o PCP informa que, marcou presença nesta concentração, “transmitindo a sua solidariedade à luta destes trabalhadores” e exigindo do Governo uma intervenção para terminar a esta situação no seguimento da pergunta que já tinha efetuado na Assembleia da República sobre esta matéria.
 
A delegação do PCP reuniu-se ainda com duas associações algarvias. Com a Associação Humanitária de Nadadores Salvadores de Faro, onde foi possível aprofundar os aspetos decorrentes da situação de precariedade, dos baixos-salários, da falta de formação profissional e do número insuficiente de nadadores salvadores existentes “numa região cujas atividades balneares se estendem muito para lá do período oficial, com os riscos e os problemas que são conhecidos”.
 
Refere o mesmo comunicado que, com a ARMALGARVE Polvo – Associação de Produtores sediada em Quarteira, a mesma delegação abordou de novo os problemas que atingem a pesca em geral e a pesca do polvo em particular, tendo o PCP “reafirmado o seu posicionamento favorável ao desenvolvimento das atividades produtivas na região, à valorização do preço do pescado em lota, à elevação dos rendimentos dos pescadores que foram também atingidos em consequência do surto epidémico”.
 
A jornada do PCP terminou com a realização de uma Tribuna Pública junto ao terminal de transportes rodoviários em Faro, onde foram abordados os problemas relacionados com as insuficiências na reposição dos transportes públicos em toda a região quer para estudantes quer para a população em geral, “as novas exigências financeiras que estão a ser colocadas pelo grupo económico privado que domina o transporte rodoviário no Algarve” (Grupo Barraqueiro) às autarquias e a necessidade de um serviço público de transportes que responda “efetivamente” às necessidades de mobilidade e desenvolvimento regional. 
 
Redação