No âmbito do plano de revitalização do Centro Histórico de São Brás de Alportel e na sequência da iniciativa “Calçadas – A Arte Sai à Rua” realizada no passado dia 14 de agosto, o centro histórico de São Brás de Alportel ganhou um novo mural evocativo da cultura e das tradições do concelho, numa homenagem à compositora são-brasense Maria da Luz Brito Pinto, também apelidada por “Luzinha Pinto”, que viveu entre 1901 e 1981, deixando um legado musical, composto por peças artísticas que são uma referência no panorama cultural.
A apresentação oficial da obra de arte teve lugar ontem, numa cerimónia no Espaço Memória do Município, no edifício dos Paços do Concelho, que contou com a presença de familiares da compositora: o filho Joaquim Pinto, a neta Raquel e a bisneta Lar; mas também a artista Jacqueline de Montaigne, autora do mural que pretende ser o início de um conjunto de obras de arte urbana no concelho.
Na cerimónia estiveram o Presidente da Câmara Municipal Vitor Guerreiro, a Vice-Presidente Marlene Guerreiro e o Vereador Acácio Martins e o Presidente da Junta de Freguesia João Rosa, entre outros convidados. Na homenagem foi interpretado o seu tema mais popular “Cabo de São Vicente”, em acordeão, por David Mendonça, um jovem de São Brás de Alportel, que, de acordo com nota do município, "é mais um bom exemplo desta missão tão orgulhosamente cumprida pelas novas gerações".
Segundo Vitor Guerreiro «Este mural artístico presta homenagem à compositora são-brasense “Luzinha Pinto” e, através do seu exemplo, a todas as mulheres impulsionadoras da cultura local. Pretende-se que esta renovação, em plena Rua Gago Coutinho, seja fonte de inspiração para a juventude e se constitua como um novo polo de atratividade turística numa rota de arte urbana, que em muito dignifica o município de São Brás de Alportel, bem como toda a comunidade».
Nota biográfica:
Maria da Luz Brito Pinto, que ficou por todos conhecida por “Luzinha Pinto”: Nasceu a 24 de abril de 1901 e faleceu 80 anos depois em março de 1981. Intérprete de piano, revelou-se mais tarde, aquando da sua viuvez, virtuosa compositora, ao criar temas que marcaram para sempre o panorama musical. Revelam os seus familiares que muitas vezes a criações surgiam em sonhos, que a faziam despetar durante a noite para escrever sobre a pauta a suas peças musicais.
Entre as suas obras mais conhecidas, encontram-se: O Corridinho “Cabo de São Vicente”, presença assídua no repertório dos grupos folclóricos do Algarve e a Valsa lenta “Recordações do meu Algarve”.
