Em nota de imprensa, a autarquia de São Brás de Alportel explica que como a Rede Solidária de Produção trabalha quase 24 horas por dia, há semanas, já foi capaz de produzir 1500 viseiras.
Tudo começou quando dois jovens são-brasenses, Vitor Gonçalves e Pedro Gonçalves, ambos entusiastas da impressão a 3 D, começaram, de forma isolada, sem conhecimento mútuo, a produzir estas viseiras, nas suas próprias casas. O Município de São Brás de Alportel descobriu-os, juntou-os e com a colaboração do Agrupamento de Escolas criou uma rede de produção solidária, assegurando os materiais, a logística, o transporte e a coordenação desta missão.
Como resultado, o edifício das Piscinas Cobertas, encerrado temporariamente devido à pandemia, é agora o centro de operações, onde são realizadas as entregas às instituições. Até ao momento, já foram distribuídas 1.500 viseiras de proteção individual.
A autarquia realça que, o projeto cedo contagiou outros "makers" (produtores) e neste momento aos dois mentores que trabalham quase 24 horas por dia nesta missão, a Rede de Proteção Solidária conta com a colaboração de sete produtores, entre os quais Paulo Cruz, “que muito prontamente se associou” e os são-brasenses Vicente Leal e Luis Carlos Sousa.
Em poucos dias, foi possível entregar viseiras de proteção a todas as unidades de saúde do concelho, todos os Lares de Terceira Idade, Bombeiros, GNR, Serviços Sociais e outros serviços essenciais, mas a rede são-brasense efetua também oferta de viseiras muito para além das fronteiras do concelho, já que está integrada num circuito nacional. Mais de um milhar de viseiras já foram entregues aos mais diversos serviços de saúde e instituições de solidariedade de todo o país, sendo prioritário o apoio aos serviços dirigidos a idosos.
De acordo com nota do Município, o objetivo é proteger todos os profissionais que realizam atendimento ao público, "para travar o contágio e vencer o vírus". O próximo passo é alargar a distribuição a todos os estabelecimentos do concelho de venda de bens e serviços essenciais.
A edilidade regista que, a resposta da comunidade são-brasense tem sido “extraordinária com ajuda em materiais e donativos, que ultrapassam os 3.000,00€ e que permitiram já a aquisição de uma grande quantidade de impressoras a 3D, indispensáveis para alargar e acelerar a produção”.
Refira-se ainda que, todos podem ajudar esta rede a concretizar a sua missão, bastando para o efeito entregar materiais como acetatos, filamento ou impressoras 3D na Escola Secundária José Belchior Viegas de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 18h00. Também é possível colaborar com donativos, estando disponíveis os seguintes contactos: tel. 289 840 070 / e-mail:
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