Apesar das "fortes preocupações", a Algfuturo refere em comunicado que "felizmente há soluções, para efeitos quase imediatos e no médio e longo prazos".
A consciencialização das populações face à seca severa que afeta a região, foi uma das conclusões de um debate que aconteceu no último sábado na Biblioteca Municipal de Faro, promovido pela Associação Algfuturo e a Universidade do Algarve onde esteve presente o autarca farense Rogério Bacalhau, o Presidente da AMAL - Comunidade Intermunicipal do Algarve, António Pina, o Reitor da Ualg, Paulo Águas, o Presidente da Algfuturo, José Vitorino, um representante da autarquia de Loulé, entre outros convidados.
Foi também unânime que a água é um bem público a que todas as regiões e pessoas têm direito. Sendo o Algarve um região que contribui para os cofres públicos, com cerca de 8.000 milhões de euros em divisas do turismo e exportações de bens, foi referido que é um motivo forte para que que os algarvios se sintam no direito de estar certos que "rapidamente e em força" os poderes públicos passarão à ação.
Nesse sentido, foram apontadas soluções, salientando-se no médio e longo prazo: a barragem da Foupana e pequenas e médias barragens (previstas no Plano Diretor de Abastecimento de Água ao Sotavento, na década de 80, mas adiadas), a dessalinização, reutilização das águas residuais na agricultura, ou campanhas de sensibilização numa perspetiva de sustentabilidade.
Para efeitos imediatos: medidas de que resultem na diminuição do consumo, recurso a captações subterrâneas onde haja condições, redução de perdas na rede em baixa e a medida de maior impacto, que é o recurso ao "transvase" transferência de água a partir do Alqueva (Pedrógão), que permitirá reforçar todo o Sistema no Algarve, de Sotavento a Barlavento.
Foi salientada a importância do Turismo em todos os aspetos, o que obriga a que esteja salvaguardado de qualquer turbulência como também a agricultura, pelo valor gerado e avançadas tecnologias, reconhecidas pela União Europeia e pelos mercados. No conjunto, estão envolvidos muitos milhares de milhões de euros, não havendo espaço para se correr qualquer tipo de risco, segundo ficou assente no debate.