Artur, Alexandra, Laura, Odete, Sofia, Nuno, Vera são nomes comuns, mas que pertencem a pessoas extraordinárias, cidadãos que dedicam a vida a outros, que criam movimentos e com eles ondas de solidariedade.
Sete cidadãos que se juntam aos 54 já homenageados e cujas histórias têm contribuído para cumprir os objetivos da Nobre Casa de Cidadania: reconhecer e homenagear cidadãos autores de Atos Nobres e, através desses exemplos, estimular e motivar à cidadania, contribuindo para a melhoria cívica do indivíduo e da sociedade.
Na cerimónia realizada no dia 28 de janeiro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Loulé, em Loulé, a Nobre Casa de Cidadania reuniu, além dos cidadãos homenageados e das suas famílias, alguns representantes do Conselho Institucional, entre eles a Polícia de Segurança Pública e a Autoridade Nacional de Proteção Civil, através do Comandante Operacional de Agrupamento, em regime de acumulação com as funções de Comandante Operacional Distrital, Vítor Vaz Pinto.
A Nobre Casa de Cidadania nasceu em maio de 2013 e até ao momento recebeu 103 candidaturas, das quais 39 receberam o grau de Louvor e 22 o Título de Cidadão Nobre. Em comum estes cidadãos têm o fato de terem realizado em benefício de terceiros um ato ausente de qualquer interesse pessoal.
A seleção dos atos e cidadãos a agraciar é realizada pelo Conselho Institucional da Nobre Casa de Cidadania, formado por: Autoridade Nacional para a Proteção Civil, Corpo Nacional de Escutas, Direção-Geral da Educação, Estado-Maior General das Forças Armadas, Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, Fundação para a Ciência e Tecnologia, GRACE, INEM, Liga dos Bombeiros Portugueses, Plataforma Portuguesa das ONG para o Desenvolvimento, Polícia de Segurança Pública.
Fique a saber os atos nobres de cada um dos agraciados da última cerimónia de Atribuição de Louvores da Nobre Casa de Cidadania em Loulé:
# Artur Brito
(...) pela autoria do Ato Nobre de ter mobilizado esforços para ajudar na construção de casas para as vítimas do sismo de 2015 no Nepal. Para isso, e sob o lema "Não tem que ver com o que eu faço, mas com o que tu podes fazer", viajou de Faro até ao Nepal, numa mota Honda PCX, de 125 cc, com o objetivo de angariar fundos que contribuíram para a melhoria das condições de vida da população de uma das regiões mais afetadas pelo terramoto.
# Alexandra Borges
(...) pela autoria do Ato Nobre de angariar fundos que permitem retirar crianças ganesas da escravatura. Ao visitar em trabalho o Gana confirmou a existência de escravatura infantil na pesca do Lago Volta. Com o objetivo de ajudar aquelas crianças sustentou sozinha, e por vários meses, três meninos. Ao criar a ONG "Filhos do Coração" alargou a ajuda a mais crianças vítimas de escravatura infantil naquele país.
# Laura Vasconcellos
(...) pela autoria do Ato Nobre de ter ajudado e angariado fundos e apoios logísticos a favor das crianças órfãs e vulneráveis dos bairros de lata de Nairobi. Indiferente à sua segurança, e imediatamente após um conturbado período de violência pós-eleitoral no Quénia, viajou para Nairobi onde abriu um orfanato na periferia da capital. Com esta ação resgatou das ruas 45 crianças.
# Odete Costa
(...) pela autoria do Ato Nobre de ter fundado o Movimento Lírio Azul e com ele proporcionar a angariação de fundos para causas sociais e a promoção da igualdade de género. Movida pelo desejo de ajudar o semelhante, mobiliza diariamente homens e mulheres para causas em diversos pontos do país, promove a igualdade de género, apoia crianças em risco ou hospitalizadas, a comunidade surda e as pessoas amputadas.
# Sofia Nunes
(...) pela autoria do Ato Nobre de ter proporcionado o sentido da audição a uma criança. Ao fazer voluntariado junto de crianças em orfanato na Tanzânia percebeu as dificuldades que um menino tinha em ouvir. Com o desejo de proporcionar àquela criança o sentido da audição, adquiriu um aparelho auditivo que deu ao pequeno Sudí a possibilidade de ouvir, de acompanhar as conversas dos amigos e de interagir com eles.
# Nuno Galvão
(...) pela autoria do Ato Nobre de ter proporcionado o sentido da audição a uma criança. Ao fazer voluntariado junto de crianças em orfanato na Tanzânia percebeu as dificuldades que um menino tinha em ouvir. Com o desejo de proporcionar àquela criança o sentido da audição, adquiriu um aparelho auditivo que deu ao pequeno Sudí a possibilidade de ouvir, de acompanhar as conversas dos amigos e de interagir com eles.
# Vera Mendes
(...) pela autoria do Ato Nobre de apoiar crianças albinas moçambicanas. Voluntária da Associação Kanimambo, dedica grande parte do seu tempo a angariar protetores solares e chapéus-de-sol para pessoas albinas, ao mesmo tempo que faz trabalho de sensibilização e integração da pessoa albina na comunidade moçambicana.
Algarve Primeiro