Foram hoje inauguradas duas estátuas em Olhão, no âmbito das comemorações do Dia da Cidade.
A "Operária Conserveira" que se encontra na rotunda de acesso ao Parque Industrial de Olhão, homenageia a indústria conserveira como um dos motores económicos do concelho.
Ao Algarve Primeiro, José Carlos Almeida, autor e escultor do trabalho, referiu que este tipo de produção demora em média 3 meses a fazer, contudo, «devido a algumas interrupções relacionadas com a pandemia, a peça ficou pronta em 4 meses».
De acordo com o autor, o trabalho que foi produzido em Alcobaça para a Câmara Municipal de Olhão, utiliza vários materiais, desde aço inoxidável, pedra e fibra de vidro.
O outro trabalho inaugurado tem a ver com o cavalo-marinho, na rotunda junto ao Hotel Real Marina. Recorde-se que a Ria Formosa tinha a maior reserva destes animais a nível mundial, mas segundo os cientistas, assistiu-se nos últimos anos a uma redução de 90% desta espécie, facto que o Município quer contrariar, como sendo um símbolo na defesa e preservação do cavalo-marinho.
A artista Isa Fernandes que desenhou o projeto, disse ao nosso jornal que o trabalho que foi executado por Alex Groza da versatileprofit-unip,lda, com 5000 mil peças partidas em cerâmica, começou em 2019 «e foi acabado antes da pandemia chegar, dando um toque artístico a uma zona em franca expansão, junto à futura marina», em execução.
A autora que já realizou outros trabalhos para a autarquia, nomeadamente para os Largos das Lendas, explicou que a produção do cavalo-marinho, «precisava de muita cor para uma estrutura forte com 5 metros de altura, porque estamos a falar de uma área ampla».
Isa Fernandes que se assumiu com uma «apaixonada pela cidade», congratulou o executivo camarário, por conjugar a arte de rua com o desenvolvimento urbano, «facto que tem embelezado Olhão».
Há assim uma nova esperança para o cavalo-marinho, a começar por um símbolo que Olhão não quer perder.