O Município de Silves explica em comunicado emitido que "não é compreensível, senão mesmo incoerente", que as mesmas forças políticas (PSD e PS) tomem decisões opostas sobre o mesmo assunto, na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal.
O executivo liderado por Rosa Palma, diz não ser "entendível", que a proposta de incorporação do saldo da conta de gerência de 2021 no valor de 18,3 milhões de euros e da revisão orçamental, que foi aprovada por todas as forças políticas na reunião de câmara de 14 de fevereiro, tenha sido reprovada, na última sessão da Assembleia Municipal, ocorrida na passada quarta-feira, dia 9.
Reprovação que para o município, "bloqueia o lançamento de obras e a assunção de compromissos financeiros", de que são exemplos a repavimentação da estrada Estação de Silves/Lagoa, a repavimentação da Estrada de Montes Grandes (Silves), a requalificação da Rua das Telecomunicações e envolvente (S.B. de Messines), a ampliação da rede de abastecimento de água a Vale Figueira (S.B. Messines), a requalificação da Rua D. João II (Armação de Pêra), a pavimentação de caminho na Lagoa do Poço da Figueira (Tunes), a repavimentação da estrada de Benafátima/Nave Redonda (S. Marcos da Serra), além do reforço do apoio às corporações de bombeiros, a execução da candidatura ao Plano Regional de Eficiência Hídrica, a aquisição de prédios e terrenos, a realização da Feira Medieval e a "assunção" de despesas com pessoal.
Segundo a mesma fonte, a proposta de revisão orçamental contemplava ainda, os valores negociados com as Freguesias e Uniões de Freguesias relativamente à transferência de competências no domínio da limpeza urbana, nomeadamente os montantes necessários para a aquisição de viaturas para as Uniões de Freguesias de Alcantarilha e Pêra e Algoz e Tunes e para a Freguesia de Armação de Pêra (150 mil euros).
O executivo permanente da Câmara Municipal de Silves diz que "tudo fará o que estiver ao seu alcance para que impere o discernimento, o bom senso e a razoabilidade no seio das forças políticas da oposição", adiantando que dará "primazia à boa gestão autárquica, à satisfação dos anseios da população e à credibilidade da atividade política".