É natural de S. Bartolomeu de Messines e reúne um talento incalculável. Ricardo Camacho é Arquiteto e foi finalista do prémio ArchDaily - Edifício do ano.
O trabalho deste notável algarvio, tem reconhecimento e projeção além fronteiras e o facto de ser um dos finalistas ao Prémio Edifício do Ano 2016 veio reforçar a sua notoriedade.
Este prémio é atribuído pela ArchDaily, uma plataforma online de informação e divulgação da arquitetura que contabiliza 350 mil visitas diárias e premeia anualmente projetos que se destacam pela inovação espacial, social, material e técnica.
Ricardo Camacho, nasceu em 1979, é natural da freguesia de S. Bartolomeu de Messines, onde viveu até aos 14 anos.
Considerado um nome de referência na nova geração de arquitetos portugueses, concluiu a sua licenciatura na Faculdade de Arquitetura de Lisboa, prosseguiu a sua formação na prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e frequentou ainda o Politecnico di Milano. Tem um currículo notável e digno de registo, razão pela qual não poderia deixar de integrar o “Espaço Figuras da nossa Terra” na região que o viu nascer.
Ao jornal do concelho de Silves, “Terra Ruiva”, Ricardo Camacho contou que, “santos da casa não fazem milagres”, em Silves, onde viveu entre 2006-7 e 2009-11, atravessou “muitas dificuldades” para desenvolver o projeto CasaGranturismo, que “nunca contou com o apoio local”, apesar do projeto ser “amplamente publicado na imprensa da especialidade e de ser objeto de investigação em muitas teses realizadas em Portugal e no estrangeiro”.
Ao mesmo jornal, o arquiteto adiantou que, apesar das dificuldades, “nesses anos reunimos uma equipa de 10 arquitetos a trabalhar no bairro Caixa d’ Água, em permanência e realizamos imensas atividades na cidade e por toda a região”. Este projeto reuniu ainda “participações de reconhecidos arquitetos do Chile, Japão, México, Croácia, EUA, Eslovénia e Alemanha”.
Durante este período, “realizamos ainda uma série de casas experimentais em taipa e alvenaria de pedra nas freguesias de Messines e Alte - (concelho de Loulé)”, diz Ricardo Camacho à mesma publicação.
A partir da formação inicial, desenvolveu um conjunto de diversificadas experiências que lhe permitiram não só construir um currículo extraordinário, como manter a ligação com “as origens”, entre 2011 e 2013, esteve a trabalhar como investigador e professor na “Northeastern Univ., em Boston, num programa comparativo entre o Algarve e a Croácia.
O arquiteto recordou ainda que, “nessa altura trouxemos vários alunos americanos a Silves e Messines”.
Vive no Kuwait com a sua família. A oportunidade surgiu “através de um colega de Harvard. Acabamos ambos a tese ao mesmo tempo e surgiram várias oportunidades no Médio Oriente. Em 2010, ganhámos o concurso para o jardim e fiquei por cá a trabalhar.”
Além do atelier, “já lecionei na Universidade do Kuwait e fui curador da primeira representação do país na Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2012”.
Ricardo Camacho mantém um escritório em Lisboa e alguns projetos em Portugal, mas a grande maioria do seu trabalho é no Kuwait, Dubai, Qatar e Bahrain.
Além de todas estas atividades, é autor de “um livro monográfico da arquitetura moderna do Kuwait (1949-89),” publicado pela editora suíça Niggli e “estamos a trabalhar num segundo volume que deverá sair em maio ou junho deste ano”.
Em Portugal foi também um dos autores do livro “Habitar Portugal 2006/2008”, editado pela Caleidoscópio.
Com a sua equipa, fez o projeto de uma torre residencial de 31 andares no Kuwait e um hotel no Dubai. Foi também convidado “ a desenvolver um plano para diversos jardins na cidade, que inclui o potencial desenvolvimento de cerca de 50 parques pela cidade, com áreas entre os 6000m2 e 10000m2”.
Foto:Fábio Guimarães