Este protesto surge em resposta a um anteprojeto de alterações ao Código do Trabalho, que a organização sindical caracteriza como "mais um ataque aos direitos dos trabalhadores e suas famílias" e um "total retrocesso social".
A USAL acusa o Governo de pretender introduzir mudanças que "facilitam os despedimentos, desregulam horários, eliminam a contratação coletiva, perpetuam baixos salários e a precariedade, atacam direitos de parentalidade, o direito constitucional à greve e dificultam a atividade sindical, tudo em benefício do grande patronato e em prejuízo dos trabalhadores".
Os sindicalistas rejeitam frontalmente este pacote laboral e exigem que o governo adote políticas que valorizem os trabalhadores, promovam a segurança no emprego, especialmente dos jovens, aumentem salários e ampliem direitos laborais, regulem horários, eliminem a caducidade da contratação coletiva e reintroduzam o princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador.
Na reunião, as várias estruturas sindicais da região apresentaram planos de trabalho e definiram orientações e equipas para a "jornada de luta dos trabalhadores do Algarve".
Foi também sublinhada a necessidade de esclarecer os trabalhadores e a população sobre uma possível "manipulação política e mediática" antes da greve, reforçando que a greve mantém-se prevista, exceto se o governo abandonar o pacote laboral por completo.
Para o dia 11 de dezembro, está marcada uma concentração de trabalhadores às 11h30 junto à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, em Faro.