Economia

Sindicato da Hotelaria do Algarve acusa associações patronais do setor de recusarem a melhoria dos salários há vários anos

O Sindicato da Hotelaria do Algarve, acusa as associações patronais do setor do turismo da região, de recusarem a melhoria dos salários e das condições de trabalho, há vários anos.

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Em comunicado, os sindicalistas dão o exemplo da AIHSA – Associação dos Industriais da Hotelaria e Similares do Algarve que desde 2007, aceitou rever o Contrato Coletivo de Trabalho do setor somente três vezes, nos anos 2009, 2017 e 2018, "em treze anos os salários ficaram congelados dez anos".
 
Em 2019, o Sindicato diz ter sido enviada à AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve uma proposta para um novo Contrato Coletivo de Trabalho com o objectivo de melhorar as condições de trabalho de milhares de trabalhadores, a prestar trabalho nas empresas associadas nesta associação patronal, "mas até ao momento a mesma continua a recusar a assinatura de um acordo que melhore os salários e mantenha os direitos", lê-se no documento enviado.
 
O Sindicato estima que devido "ao bloqueio permanente que o patronato tem vindo a fazer à negociação coletiva" cerca de 80% dos trabalhadores deste setor recebem actualmente o salário mínimo nacional, "com a imposição de longas jornadas de trabalho e horários cada vez mais desregulados, ao mesmo tempo que os direitos dos trabalhadores em vigor não são respeitados na grande maioria das empresas", critica.
 
A Direção do Sindicato da Hotelaria do Algarve decidiu realizar uma ação de denúncia pública em Faro, esta quinta-feira, 19 de agosto, pelas 10h00, na Av. da República, entre o Hotel EVA e o Hotel Faro, onde será realizada uma conferência de imprensa. No final os presentes irão deslocar-se à AIHSA e à Região de Turismo do Algarve para entregar uma moção.