Economia

Sindicato da Hotelaria do Algarve diz que é "urgente" melhores salários no setor do turismo

Foto|D.R (Sindicato da Hotelaria do Algarve - Facebook)
Foto|D.R (Sindicato da Hotelaria do Algarve - Facebook)  
O sindicato de hotelaria do Algarve e a sua federação - a FESAHT - dizem que têm vindo a insistir junto das associações patronais (AIHSA, AHETA, AHP, AHRESP, APHORT, APC), da região de Turismo do Algarve, dos governos e das empresas, para a necessidade e urgência do aumento geral dos salários e do cumprimento e melhoria dos direitos dos trabalhadores do setor do turismo.

Apesar da insistência, os sindicalistas dizem em comunicado, que a resposta dos patrões tem sido "a chantagem para, em troca de um mísero aumento salarial, que não permitiria a reposição do poder de compra dos trabalhadores, retirar-lhes ainda mais direitos, como a redução do pagamento do trabalho prestado em dias feriado, a desregulação ainda maior dos horários de trabalho e a eliminação do pagamento de horas extras com a introdução da adaptabilidade e horários concentrados, entre outros direitos duramente conquistados pelas anteriores gerações de trabalhadores".
 
Acusam que à "boleia da política de direita, imposta pela União Europeia, com o apoio de PS, PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega, o patronato do setor do turismo tem em marcha uma estratégia para continuar a aumentar mais a exploração, para continuar a aumentar os lucros e a apropriar-se cada vez mais da riqueza que é produzida por quem trabalha", sublinham no documento emitido à comunicação social.
 
Sem uma mudança da atitude patronal na mesa das negociações, que permita a melhoria dos salários e dos direitos, afirmam que irão continuar a ser atingidos pelo aumento da exploração e pelo agravamento das condições de vida. Ao invés de "abrir corredores" para facilitar a angariação de mão-de-obra barata e fácil de explorar, o sindicato fala numa mudança de política que promova a negociação coletiva entre os patrões e os sindicatos da CGTP-IN, que valorize os salários, carreiras e profissões, que regule e diminua os horários para permitir a conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar, a par de uma política que trave o aumento do custo de vida e que facilite o acesso a uma habitação condigna.
 
O Sindicato da Hotelaria do Algarve promete intensificar as ações de protesto para exigir aos patrões e ao governo melhores condições de vida. Irão reclamar um aumento salarial mínimo de 90 euros, e do Salário Minímo Nacional para os 850 euros; o pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200%; a redução do horário de trabalho para as 35h semanais, sem perda de retribuição; o fim da precariedade dos vínculos laborais, pela estabilidade no emprego e na vida; horários estáveis sem adaptabilidade, horários concentrados ou banco de horas; dois dias de folga seguidos e 25 dias úteis de férias; a valorização das profissões e a progressão nas carreiras e o respeito do direito ao exercício da atividade sindical na empresa.