Os sindicalistas acusam a administração dos hotéis MGM, em Albufeira, de não respeitar os direitos dos trabalhadores, nomeadamente o direito à greve, "desencadeando uma acção repressiva para tentar calar o protesto e a luta dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho".
Segundo comunicado do sindicato, nos dias que antecederam a greve do passado dia 29 de junho, e no próprio dia da greve, "os trabalhadores foram abordados individualmente por superiores hierárquicos com ameaças de despedimento se fizessem greve e um dirigente do sindicato foi alvo de uma agressão à sua integridade física por parte de um alegado segurança/motorista do patrão".
Já esta semana o mesmo sindicato diz que os representantes dos trabalhadores no Muthu Clube Praia da Oura e Muthu Oura Praia Hotel foram alvo de processos disciplinares, neste último hotel com intenção de despedimento do delegado sindical por afirmações generalistas feitas nas redes sociais, "demonstrando uma clara intenção da administração de incutir o medo nos trabalhadores para os levar a desistir de lutar".
A estrura sindical adianta que a administração do hotéis MGM está a fazer comunicados aos trabalhadores e a afixá-los nas unidades hoteleiras, pondo em causa "a legalidade do pré-aviso de greve para os próximos dias 10 e 11 de agosto, ameaçando os trabalhadores com faltas injustificadas e demais consequências legais".
O Sindicato da Hotelaria do Algarve repudia a atitude "antidemocrática" da administração desta multinacional do setor hoteleiro, prometendo que "irá usar todos os meios legais à sua disposição para fazer valer a democracia e os direitos dos trabalhadores, estando a ponderar a apresentação de uma queixa-crime contra os representantes legais das empresas do grupo e todos envolvidos".