Saúde

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses exige ser ouvido pela Administração da Unidade Local de Saúde do Algarve

 
A iniciativa que decorreu ontem de manhã, em frente à porta da Administração da Unidade Local de Saúde do Algarve (ULS), foi ilustrada com frases de reivindicações dos enfermeiros daquela recém-criada unidade. À cabeça, a exigência de reunir com a administração da instituição, que o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) diz ter vindo a solicitar nos últimos meses, mas sem qualquer resposta.

Em comunicado, o SEP diz que com a criação da ULS "surgem várias preocupações", como a integração dos Cuidados de Saúde Primários cuja missão de promoção da saúde e prevenção da doença, os enfermeiros receiam que fique relegada para segundo plano, «tanto mais que a legislação não prevê a existência formal de um enfermeiro "diretor" desta área no conselho de administração», o qual defendem.
 
Para o SEP, «é lamentável existirem administrações que teimam em não admitir que as mudanças só são possíveis de se fazer com a participação dos trabalhadores, designadamente dos enfermeiros, o maior grupo profissional da saúde».
 
Os enfermeiros dizem que está ainda por resolver, o compromisso do pagamento de retroativos de salários a 2018, resultante do descongelamento de progressões assim como a concretização da contabilização de pontos para efeitos de progressão a enfermeiros especialistas, chefes, e responsáveis pela área da formação, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde.
 
Outro dos problemas que querem ver resolvido, está ligado ao gozo de milhares de dias em dívida, «já que a administração apenas mandou fazer um levantamento desses dias a partir de 2021, pretendendo esquecer tudo o que está para trás».  
 
Acusam a administração de dificultar o gozo de alguns direitos, nomeadamente o de estatuto trabalhador-estudante e flexibilidade de horário ao abrigo da parentalidade, «protelando a sua autorização ou assumindo práticas ao arrepio da Lei, sob a ameaça de recusa», adianta o mesmo comunicado.
 
Os enfermeiros exigem ser ouvidos com a maior brevidade, com vista à resolução de «problemas antigos» e a participação na construção do modelo organizativo que é a ULS.