No âmbito da apresentação do Turismo do Algarve na BTL, que decorreu esta quinta-feira, Desidério Silva, presidente da Turismo do Algarve, afirmou que “quando se fala de turismo, não se pode só falar no número de dormidas, de visitantes ou de receitas. Falar de turismo é muito mais abrangente. O turismo é claramente um esforço público e um esforço privado para ter mais dormidas, mais clientes, mais receitas e uma melhor economia.”
Segundo o site da "Publituris", o responsável, defendeu a necessidade de esforço das duas partes, públicas e privadas, em prol da sustentabilidade do sector, frisou que “ninguém faz nada sozinho. Cada vez mais a interligação entre o sector público e o sector privado é fundamental.”
“No sector público não é só a questão da promoção, é a questão do investimento, das infra-estruturas, da recolha dos resíduos, do abastecimento de águas, ou seja, são factores que são de certo modo importantes para manter a excelência no destino”, adverte.
Referindo-se ainda ao papel do Estado português no sector, e nomeadamente na região, Desidério Silva defende: “O Algarve precisa de intervenções urgentes na costa do Algarve, naquilo que é a sua frente marítima, naquilo que é a recuperação dos portos, (…) naquilo que é a requalificação da estrada 125, naquilo que é claramente o olhar do Estado numa região que tem trazido para os cofres do Estado receitas muito grandes e que não tem sido ressarcido dessas mesmas receitas nos últimos anos”.
“A região não pode continuar a fornecer receitas sem ser um objecto também dessa intervenção por parte do Estado do Governo central. A sustentabilidade do turismo do Algarve passa por essa intervenção e o ano de 2014 é um ano importante para essa sustentabilidade”, acrescenta o responsável.
Para 2014, o presidente da Turismo do Algarve não tem dúvidas, a sustentabilidade da região depende desta intervenção e esse é um dos grandes objectivos do Algarve para o próximo ano: “A sustentabilidade do turismo do Algarve passa por essa intervenção e, o ano de 2014, é um ano importante para essa sustentabilidade.”
Algarve aumenta número de dormidas em 2013
Apresentando os resultados de 2013, Desidério Silva começa por afirmar que este “foi um ano muito interessante para o Algarve. Foi um ano em que tivemos quase cerca de um milhão de dormidas a mais do que em 2012, em que se superou aquilo que era expectável no início de 2013 e foi o ano onde houve mais visitantes, mais dormidas e mais receitas”.
Face a estes resultados, o responsável encara o presente ano como um ano de desafios: “2014 é expectável num contexto de seguimento do ano que foi 2013, nomeadamente nestes números que identifiquei”.
Em termos de mercados, “o alemão é um mercado que continua em crescimento e que procura o Algarve e isto para nós é fundamental”. Também o mercado francês “começou a descobrir a região quer em termos de turismo, quer em termos de segunda habitação, quer em termos de compra de turismo residencial”, adiantou Desidério Silva.
Para este ano, o responsável espera que a região volte a estar posicionada no mercado nacional como um destino líder: “O Algarve está a dar a volta àquilo que é o retomar do processo de muitos anos em que liderou o turismo nacional e esperamos que seja uma intervenção sustentada em relação à região”.
“Nós estamos cansados de ter anos de subida e anos de descida. E o que estamos a fazer é a intervenção daquilo que é a capacidade de investir no turismo do Algarve conjuntamente com as autarquias e trabalhando com os privados, criando condições de sustentabilidade, gerando mais turistas e, particularmente, mais receitas e mais emprego. Esse é o grande objectivo da região”, conclui.
