Sociedade

Tavira: Monitores despejados de sala de aula

Segundo comunicado de João Manhita Pereira, Presidente da Associação Âncora, o Presidente da Freguesia de Santa Luzia, Tavira, chamou a GNR para despejar uma sala de estudo solidário que presta apoio a cerca 40 crianças, na sua maioria provenientes de famílias carenciadas.

PUB
 
João Manhita Pereira diz que a sala de estudo em questão, dinamizada pela Associação Âncora, funciona desde Setembro de 2012 na antiga escola EB1 nº2 de Santa Luzia, espaço cedido pela Freguesia. 
 
Dado o elevado número de crianças, foi pedida uma segunda sala para facilitar o trabalho e melhorar a qualidade de ensino-aprendizagem das crianças em questão.
 
A autorização para a abertura de um segundo espaço foi articulada entre a Câmara de Tavira e a Junta de Santa Luzia, pelo que, desde o início do presente ano letivo que a nova sala está pronta a funcionar, faltando, no entanto essa autorização oficial. 
 
Hoje, os monitores da sala de estudo foram surpreendidos pela presença de agentes da GNR e funcionários da Freguesia para identificação por invasão de espaço, confirma o responsável da Ass. Âncora, situação que diz não ter explicação ou informação prévia dessa falta de autorização, pelo que, esta “visita” das autoridades põe termo a um projeto solidário que apoia diretamente 40 famílias carenciadas e emprega 4 profissionais.
 
Em declarações ao Algarve Primeiro, João Manhita Pereira, esclarece que apenas tinham uma sala mas questões burocráticas entre a Junta e a Autarquia de Tavira, estão a impedir o uso de uma segunda sala que seria destinada este ano para o referido projecto.
 
O responsável da Ass. Âncora, adiantou ainda que, quer o presidente da Junta, Carlos Rodrigues, quer o autarca Jorge Botelho, deram luz verde ao novo espaço, pelo que, não entende a razão pela qual o ofício que autoriza o uso da segunda sala, ainda não terá chegado ás mãos da Junta, para que o novo espaço seja utilizado.
 
O Algarve Primeiro também ouviu a posição do Presidente da Junta, Carlos Rodrigues que avançou:" que a segunda sala que a Ass. Âncora estaria a utilizar, serve também para outras actividades da freguesia e não exclusivamente ao projeto silidário da Âncora".
 
Nesse sentido, "a intervenção da GNR, foi solicitada devido aos despejo do mobiliário da Junta que se encontrava na referida sala".
 
Nas mesmas declarações Carlos Rodrigues adiantou, que não existe uma formalização do espaço para a Âncora, mas sim um acordo de boa vontade entre essa e outras entidades da Freguesia, pelo que se considerou incorreta a actuação dos responsáveis da Âncora.
 
Recorde-se que, Carlos Rodrigues que concorreu pelo PS nas últimas autárquicas se apresenta agora numa lista independente.
 
Algarve Primeiro