O Bloco de Esquerda apresentou um Projeto de Resolução onde defende a preservação integral e completa do sítio arqueológico da Cidade Romana de Balsa, situado no concelho de Tavira.
Os deputados bloquistas consideram ser positivo o alargamento da atual zona especial de proteção, onde se encontram a maioria dos vestígios arqueológicos da Cidade Romana de Balsa, por vontade da autarquia tavirense, dado dar garantias para a preservação de mais artefatos arqueológicos mas, consideram que o essencial continua por fazer: "promover uma política que dê garantias de continuidade à defesa e preservação deste sítio arqueológico".
Desta forma, os parlamentares do Bloco de Esquerda, recomendam ao Governo que se estenda de forma permanente a Zona Especial de Proteção a todo o território da Cidade Romana de Balsa, que sejam criadas condições técnicas e políticas necessárias para a efetivação e prospeção sistemática em todo o território sinalizado, e que se elabore, com a Direção Geral do Património Cultural, um plano para a investigação arqueológica no terreno, o seu estudo científico, e a musealização do espaço.
Também na passada sexta-feira, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou na Assembleia da República um Projeto de Resolução que recomenda ao Governo a preservação das ruínas da antiga cidade romana de Balsa.
O mesmo Grupo Parlamentar propõe ao Governo que alargue a Zona Especial de Proteção por forma a abranger a totalidade da antiga cidade romana de Balsa e a sua zona envolvente territorialmente organizada; promova a prospeção sistemática de superfície, deteção remota e/ou uso de técnicas de prospeção das Geociências em toda a área de Balsa, que inclui necessariamente a totalidade da Quinta da Torre d’Aires; promova a escavação de vestígios arqueológicos ponderando as áreas mais relevantes e a conservação do espólio exumado, desde a sondagem à escavação em extensão, conforme o aplicável; proceda à elaboração do plano de musealização do sítio arqueológico de Balsa e desenvolva um projeto de investigação a longo prazo no sentido de se proceder ao estudo das ruínas, epigrafia, materiais existentes nos Museus, fontes literárias, e integrando a componente de escavações sistemáticas, prospeção na zona envolvente e arqueologia subaquática.
Entende o PCP que o Património Cultural é pertença de todos, sendo uma matéria que diz respeito à memória coletiva de um povo.
"O património de Balsa tem estado sujeito a ameaças e atentados, tendo parte considerável dos vestígios arqueológicos sido obliterada pela exploração agrícola sistemática e intensiva na Quinta da Torre d’Aires, pelas terraplanagens e pela ocupação urbanística do solo", alertam os comunistas, defendendo que "urge pôr fim a estas ameaças e atentados, preservando para as gerações futuras o valiosíssimo património de Balsa".