O território das Terras do Infante (Lagos, Vila do Bispo e Aljezur), foi nos últimos dias fustigado por um fogo que teve o seu início na passada sexta-feita, em Vilarinha, concelho de Aljezur, e que rapidamente alastrou aos concelhos de Lagos e Vila do Bispo.Lavrando durante o fim-de-semana, colocou à prova a capacidade de resposta do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) da região, o qual está operacional desde o passado dia 15 de maio.
Segundo comunicado da Associação de Municípios, mais de 800 operacionais de 94 entidades presentes, apoiados por meios aéreos, estiveram no teatro de operações a combater o fogo. Apesar da rápida atuação, que evitou um incêndio ainda de maiores proporções e prejuízos, o saldo desta ocorrência originou 2200 hectares de área ardida, sem vítimas a lamentar.
A Associação reconhece e agradece o trabalho "incansável" efetuado por todos os profissionais das corporações de bombeiros, da GNR, Proteção Civil e do Comando Distrital das Operações (CDOS), envolvidos no teatro de operações, realçando a articulação das entidades, mas também dos vários meios dos três municípios, "não só no que respeita à deteção e combate do fogo, como aconteceu agora, mas também na prevenção e vigilância desenvolvidas, em permanência, pelas equipas de sapadores florestais".
Apesar das intervenções de limpeza já realizadas e desmatação de terrenos, abertura e manutenção de aceiros, a Terras do Infante, diz que os fogos acabam por deflagrar, na maior parte das vezes por falta de cuidado na utilização de máquinas agrícolas, realização de queimas e queimadas, assim como por outras atividades humanas que não as diretamente ligadas à agricultura. Por esta razão, apela ao "rigoroso cumprimento das regras e dos procedimentos que estão definidos, antes, durante ou após o período crítico de incêndios rurais" (que decorre de 1 de julho a 30 de setembro, podendo ser prolongado).