Economia

Trabalhadoras das cantinas e refeitórios escolares protestaram em dia "de luta nacional" no Algarve

 
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve, informou em comunicado enviado hoje, que trabalhadoras das cantinas e refeitórios das escolas do concelho de Lagos protestaram ontem, frente à Câmara Municipal.

O protesto inseriu-se na greve nacional convocada pela Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Tabacos, Hotelaria e Turismo de Portugal, estrutura afeta à CGTP-IN, que decidiu avançar para este dia de luta nacional devido "ao agravamento da situação social que se tem vindo a verificar neste setor", tendo resultado na paragem de todos refeitórios do concelho de Lagos e de outros concelhos, nomeadamente, na Escola Secundária de Albufeira.
 
Em causa estão, segundo os sindicalistas, as opções dos últimos governos e da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, associação patronal que representa as empresas que detêm a concessão deste serviço, "que tem vindo a bloquear a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho desde 2003, altura em que foi feita a última atualização da tabela salarial, em que a grande maioria destas trabalhadoras recebe salários muito baixos, em muitos casos abaixo da salário mínimo nacional devido ao reduzido número de horas diárias por que são contratadas pelas empresas, muitas vezes em desrepeito pelo que estipula os cadernos de encargos, como acontece no concelho de Lagos", explica o sindicato no mesmo comunicado.
 
No seguimento da ação realizada ontem, o sindicato solicitou uma nova reunião ao Presidente da Câmara Municipal de Lagos para analisar a situação nas cantinas e refeitórios do concelho.