Depois de em janeiro ter declarado a empresa insolvente, o Tribunal de Faro chumbou definitivamente a viabilidade da agência de desenvolvimento regional Globalgarve, ao recusar um plano para a recuperação financeira da empresa, com mais de 900 mil euros de dívidas.
Segundo revela hoje o "Correio da Manhã", o maior ativo da empresa, é a rede de fibra ótica com cerca de 300 quilómetros, que liga os 16 municípios da região, e que vai ser vendido em hasta pública pelo administrador da insolvência.
A proposta de viabilização da empresa tinha sido votada favoralvelmente por uma maioria dos credores, entre os quais o BES, tambem acionista da empresa, que reclama créditos superiores a 400 mil euros, mas foi recusada pelo trabalhadores, que já tinham, interposto o processo que resultou na insolvência da Globalgarve, e têm créditos que ascendem a 140 mil euros.
O plano previa um perdão de 40% dos créditos aos trabalhadores.
O tribunal chumbou-o por considerar que não respeitava o princípio da igualdade dos credores, avança o CM.
Victor Guerreiro, presidente da ACRAL, Associação do Comércio e Serviços do Algarve, que geria a Globalgarve referiu que "a decisão não faz sentido, pois era possível reduzir a despesa e aumentar a faturação". E destaca que os "300 km de fibra ótica foram pagos com dinheiros públicos".
A rede representou um investimento de 10 milhões de euros (incluindo fundos comunitários), e vai a hasta pública com um preço base de 500 mil euros.
Para Victor Guerreiro a venda pode não cobrir as dívidas.