Sociedade

Turismo do Algarve entregou ao ICNF equipamento para promover Centro de Educação Ambiental de Marim

 
O Turismo do Algarve entregou hoje ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) os equipamentos para a valorização e promoção turística do Centro de Educação Ambiental de Marim, no Parque Natural da Ria Formosa.

«São equipamentos para enriquecer as visitas turísticas ao Centro de Marim, nomeadamente materiais para o parque de merendas, sinalética direcional para percursos pedestres, painéis interpretativos de fauna e flora, além de outros de informação em várias línguas», disse à agência Lusa o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), João Fernandes.
 
A iniciativa está integrada no projeto transfronteiriço "Valuetur", aprovado ao abrigo do Programa de Cooperação Interreg V-A Espanha - Portugal 2014-2020 (POCTEP), numa parceria liderada pela Diputación Provincial de Huelva e que inclui a RTA, a Consejería de Medio Ambiente y Ordenación del Territorio da Junta de Andalucía, a Fundación Andanatura e a Mancomunidad Condado de Huelva.
 
O "Valuetur" visa valorizar as áreas protegidas de valor natural, histórico e cultural, nas quais se incluem a Ria Formosa, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, no Algarve, e Rio Tinto (Andaluzia).
 
Os equipamentos entregues hoje pela RTA ao ICNF, entidade gestora do Parque Natural da Ria Formosa, «com um valor de cerca de 20 mil euros, fazem parte de um investimento total de 100 mil euros previstos para toda a região algarvia», indicou o responsável pelo turismo.
 
«Os materiais colocados no Centro de Educação Ambiental de Marim, visam enriquecer as visitas ao espaço que recebe cerca de 30 mil visitantes por ano, uma área natural de grande valor que tem potencial para receber um número muito superior de visitas turísticas», destacou João Fernandes.
 
De acordo com o responsável da RTA, o protocolo de cedência dos equipamentos ao ICNF «tem uma data indicativa de 60 anos, ficando a sua manutenção a cargo dos responsáveis pelo ambiente».
 
«O projeto contribui para a requalificação das estruturas de acolhimento do centro interpretativo, reforçando a sua atratividade e aumentando os seus 30 mil visitantes anuais. Não menos importante será o facto de a presença de sinalética adequada no território fomentar o ordenamento da visitação e, consequentemente, a conservação e proteção de habitats e espécies protegidas que constituem a motivação do turismo de natureza», afirmou Joaquim Castelão Rodrigues, diretor regional do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, entidade sedeada no Centro de Educação Ambiental de Marim com responsabilidade na gestão das três áreas protegidas do Algarve.
 
 
A cerimónia que foi presidida pelo Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino, contou ainda com a presença do Presidente do Conselho Diretivo do ICNF, Nuno Banza e do Presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Pina.
 
O autarca lembrou que o espaço hoje designado Parque Natural da Ria Formosa, era em tempos muito utilizado pelos olhanenses «que usufriam deste território em contacto com a natureza». Congratulou o Presidente da RTA, pela ideia de promover o Parque Natural, para fins turísticos, referindo que «essa é também a tónica do município de Olhão, se hoje estamos no mapa do turismo, é porque o nosso concelho está associado ao turismo de natureza com destaque para a Ria Formosa, e é aqui que queremos o nosso lugar e o nosso espaço no turismo nacional», salientou.
 
Já o Secretário de Estado, realçou que «não é por acaso que o Presidente da RTA, é engenheiro do ambiente, para sensibilizar sobre as vantagens do turismo de natureza «que bem conjugadas com preservação e conservação são factores importantes para o desenvolvimento económico».
 
João Catarino reconheceu que ao longo dos anos, foram os municípios que deram uma atenção especial às questões ambientais e da conservação dos seus territórios, chamando a atenção para o exemplo da autarquia de Olhão, «felizmente nos últimos anos com o Fundo Ambiental e com uma política diferente e com mais recursos financeiros, as coisas estão-se a inverter e tem havido mais investimento, mas uma coisa é certa, o ICNF pode fazer melhor com aqueles que estão perto das suas áreas, como neste caso a Região de Turismo, a Câmara Municipal de Olhão ou mesmo instituições de ensino superior».
 
Algarve Primeiro/Lusa