Economia

Turismo do Algarve quer mais norte-americanos na região mesmo sem voo direto

 
O Turismo do Algarve quer reforçar a entrada de turistas norte-americanos na região, apesar do adiamento de um voo direto entre Faro e o Estados Unidos para 2025, e vai acelerar para o efeito a promoção junto desse mercado.

Com o início da operação aérea entre Faro e Newark (Nova Iorque) marcada inicialmente para 24 de maio próximo, o anúncio do adiamento para 2025 dos quatro voos semanais da companhia aérea norte-americana United Airlines não desanima o Turismo do Algarve, que lembrou o incremento que o turismo da América do Norte vem tendo para a região, mesmo sem haver voos diretos.
 
O Turismo do Algarve frisou, num comunicado, que tem agendada “dezena e meia de ações para executar ao longo deste ano em Portugal e os Estados Unidos” para promover o Algarve junto do mercado norte-americano, que, em 2023, teve um crescimento anual “superior a 27% no número de hóspedes” nas unidades algarvias.
 
“Os Estados Unidos são já o sétimo mercado externo com mais peso na região. Os visitantes deste país, conjuntamente com os do Canadá, procuram, e encontram, no Algarve, alguns dos melhores campos de golfe e praias da Europa [...] a menos de sete horas de viagem da costa leste daqueles países”, justificou o presidente do Turismo do Algarve, citado em comunicado.
 
André Gomes sublinhou que as ações de promoção desenvolvidas pelo Turismo do Algarve até ao final do ano “visam acentuar a notoriedade do destino nas suas muitas valências apreciadas nos Estados Unidos e Canadá, e que passam também pela gastronomia, enologia e atividades de natureza”.
 
O presidente do Turismo do Algarve reconheceu que tinha sido prevista “uma série de ações em torno do lançamento da rota da United Airlines com destino a Faro”, mas ressalvou que o plano “não se esgota aí” e o adiamento do voo entre Faro e Newark “não condiciona” a estratégia de captação de turistas norte-americanos e canadianos.
 
“Há uma série de outras oportunidades que estamos a explorar e que terão igualmente impacto junto desse mercado”, assegurou André Gomes, considerando que as conversações mantidas com a United Airlines dão sinal de que “o entusiasmo da companhia aérea por adicionar o Algarve ao seu portefólio de destinos se mantém”.
 
O Turismo do Algarve justificou o adiamento do lançamento do primeiro voo direto entre Estados Unidos e Algarve com a “suspensão de algumas atividades de certificação levadas a cabo pela Federal Aviation Administration (FAA) - a entidade reguladora da aeronáutica norte-americana”.
 
A mesma fonte frisou que, com o adiamento da ligação aérea, foram também adiadas, até final do ano, várias ações associadas ao lançamento da primeira rota direta entre os Estados Unidos e o Algarve, e que estavam calendarizadas para abril e maio.
 
“Entre estas iniciativas, encontra-se o lançamento de uma campanha digital de promoção do destino e a organização de diversas visitas de imprensa direcionadas a jornalistas de publicações de referência. Esta iniciativa será agora encetada numa fase próxima à inauguração da rota Newark-Faro, reagendada para 2025”, recordou.
 
Até ao final do ano, o Turismo do Algarve promoverá “cerca de 15 ações desenvolvidas para os mercados dos Estados Unidos e do Canadá”, como a deslocação ao Algarve de cerca de 200 convidados provenientes da América do Norte, “entre operadores turísticos, jornalistas e ‘influencers’”.
 
Lusa