No âmbito do foco de contágio por COVID-19 recentemente identificado em Lagos, com origem atribuída a uma festa de caráter ilegal ocorrida no passado dia 7 de junho em Odiáxere, o Município confirma que foram tomadas "várias diligências" articuladas entre as autoridades de saúde, e alguns estabelecimentos privados afetados, "com o objetivo de circunscrever e controlar o mais depressa possível este surto epidémico", assegura a Câmara de Lagos em comunicado.
Procurar identificar as pessoas que participaram no festa e outras que tiveram contactos próximos com os participantes, designadamente no seio familiar e no contexto laboral, foi uma das primeiras medidas, a qual tem sido acompanhada de uma campanha intensiva de realização de colheitas para testes, visando despistar possíveis casos positivos.
Depois dos testes já realizados durante o fim-de-semana, na segunda e na terça-feira, está hoje junto ao Pavilhão Desportivo Municipal, até às 17h00, uma equipa disponibilizada pela ARS, de forma a promover "uma ação intensiva" de colheitas para a realização de testes de despiste à COVID-19 a todas as pessoas ainda não testadas que estiveram presentes no evento decorrido no passado dia 7 de junho em Odiáxere, assim como a familiares e outros contactos próximos, designadamente colegas de trabalho destas pessoas que participaram na festa.
Também na Câmara Municipal de Lagos no Edifício Paços do Concelho Séc. XXI, por existir indícios de possíveis contactos com infetados, irá decorrer durante o dia de hoje uma ação intensiva de colheitas aos trabalhadores municipais, como medida de prevenção, na eventualidade de algum destes poder ter estado em contacto com pessoas infetadas.
A Câmara Municipal sublinha, ainda, a rápida atuação das empresas privadas do concelho (restaurantes e superfícies comerciais), que, perante a suspeita ou a confirmação de trabalhadores infetados com o novo coronavírus, decidiram testar todos os seus colaboradores e proceder à desinfeção das suas instalações, de modo a eliminar possíveis cadeias de transmissão e, terem condições de retomar em segurança plena as suas atividades.
A autarquia confirma até agora 37 casos, distribuídos por vários concelhos.
O Presidente da Câmara apela, à serenidade da comunidade, uma vez que todos os meios estão a ser mobilizados, de modo articulado entre as autoridades de saúde, o município, forças de segurança e proteção civil, para minimizar o impacto deste surto.
O Autarca realça o "sentido de responsabilidade cívica que tem caracterizado a conduta dos lacobrigenses" desde o início da pandemia e que fez com que os números até agora quase não tivessem tido expressão no concelho. Para Hugo Pereira "Lagos foi sempre um concelho seguro, pelo que estamos todos empenhados e confiantes de que iremos superar rapidamente este episódio e garantir que o mesmo não seja replicado".