Sociedade

Um terço da população do Sotavento desloca-se a pé

Nota da AMAL - Comunidade Intermunicipal do Algarve, destaca que esta realidade consta numa das 3 subunidades territoriais alvo do estudo de diagnóstico feito pelos técnicos do VAMUS - Projeto de Mobilidade Urbana Sustentável do Algarve.

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Um terço da população (33%) dos concelhos da zona Sotavento do Algarve (Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António) desloca-se regularmente a pé, um valor que representa mais do dobro da média nacional, revelam dados preliminares do diagnóstico da mobilidade da região que será apresentado na íntegra amanhã, quarta-feira, 26 de outubro, a partir das 9h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Albufeira, na presença de Eduardo Feio, presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes. 
 
Nota da AMAL - Comunidade Intermunicipal do Algarve, destaca que esta realidade consta numa das 3 subunidades territoriais alvo do estudo de diagnóstico feito pelos técnicos do VAMUS - Projeto de Mobilidade Urbana Sustentável do Algarve, acompanhada da constatação da melhoria das condições de deslocação pedonal nalguns dos aglomerados urbanos destes concelhos, bem como o aumento da área pedonal. Também o modelo de ocupação do espaço a Sotavento ajuda a optar por esta forma de deslocação, ao concentrar a maior parte da população a uma distância máxima de 20 minutos a pé das respetivas sedes de município.
 
É também no sotavento que se encontra um dos concelhos do país com maior índice de utilização de bicicleta. Com 3,9 % da população a optar por pedalar em deslocações pendulares, Vila Real de Santo António entra no TOP 10 português, fruto do relevo, mas também mas também da extensão de rede ciclável demarcada existente com o total de, aproximadamente, 28 km.
 
Ainda assim é a zona Centro (correspondente aos concelhos de Albufeira, Loulé, Faro, São Brás de Alportel, Olhão e Tavira) a que dispõe da maior rede de percursos cicláveis, com 156km, sendo Loulé o concelho com a maior extensão com quase 50km de percursos cicláveis. Para este resultado, muito contribuem os 22km da rede de Vilamoura.
 
Os dados preliminares do diagnóstico revelam ainda uma utilização crescente da ligação fluvial entre o Algarve e Ayamonte. Quase 30 mil passageiros em agosto deste ano optaram por este circuito em detrimento da deslocação rodoviária pela Ponte Internacional do Guadiana.
 
Estes dados, a par da noção de que a utilização do carro em deslocações regulares cresceu cerca de 30% entre 2001 e 2011 na região, em detrimento dos transportes coletivos, vão contribuir para a reflexão dos mais de 50 parceiros do VAMUS - Projeto de Mobilidade Urbana Sustentável do Algarve, numa altura em que se preparam para dar início aos trabalhos de desenho das ações a incluir no plano que definirá novos modelos de mobilidade urbana mais eficientes, inclusivos e amigos do ambiente.
 
Encabeçado pela AMAL e cofinanciado pelo Cresc Algarve 2020 no âmbito do Portugal 2020, o VAMUS pretende desenhar o futuro da mobilidade urbana da região, numa base sustentável e inclusiva. 
 
O fórum realizado esta quarta-feira, em Albufeira, encerra a fase de diagnóstico e dá início aos trabalhos de planeamento das ações referentes à mobilidade do futuro.
 
O fórum será aberto ao público, que, devido ao número limitado de lugares disponíveis, deverá proceder a inscrição prévia em www.vamus.pt, onde será possível acompanhar a apresentação em direto em webstreaming.
 
Algarve Primeiro