Em comunicado, a União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta diz que, o partido socialista da Câmara Municipal de Olhão aprovou, no passado dia 15 de junho, em Assembleia Municipal, uma proposta para alargamento da rede de transportes urbanos, “e mais uma vez as vilas de Moncarapacho e da Fuseta foram descriminadas”.
Segundo o mesmo documento, a proposta apresentada prevê que seja prolongada até Pechão a carreira que chegava até ao Estádio Municipal (mais 3,1 km), bem como o prolongamento da linha que servia o Cemitério 16 de junho, até ao Sítio da Igreja, em Quelfes.
Para esta União de Freguesias, “é incompreensível que a futura carreira que chegará a Quelfes não seja prolongada até Moncarapacho, (uma vez que, são mais 4,2 Km)”, alegando que o estudo que acompanhou a proposta salientava que os dois locais eram servidos pelas mesmas carreiras da EVA, porque Quelfes situa-se entre Olhão e Moncarapacho.
No mesmo comunicado, a referida entidade pergunta: se o número de carreiras é o mesmo, porque é que consideraram que só a população de Quelfes tinha necessidade de mais ligações a Olhão, do que Moncarapacho, que até tem mais habitantes? E porque alargaram até Pechão, que é servida por número quase idêntico de carreiras?
No entender da União de Fregueisas, “muito relevante é a diferença entre o preço dos bilhetes praticado nas viagens da EVA (entre Moncarapacho e Olhão) e do Município (em qualquer viagem nas carreiras urbanas): 3,40 € e 1.00€ (bilhetes adquiridos a bordo), respetivamente. Lê-se ainda no mesmo documento que, ao não prolongar o serviço até Moncarapacho, os seus habitantes – que só têm acesso aos autocarros da Eva – terão custos mais elevados para se deslocarem a Olhão. E a distância não pode ser tida em conta, porque no prolongamento do serviço até Pechão é praticamente a mesma, entre Quelfes e Moncarapacho, evidencia.
A mesma publicação chama ainda a atenção para o facto de que, no valor estimado de 441.748,80€ (mais IVA) que o Município irá pagar anualmente pelo serviço de transporte público urbano de passageiros de Olhão, se o mesmo chegasse até Moncarapacho, “o aumento seria residual”.
Na mesma sequência a União de Fregueisas refere que a proposta do Executivo da Câmara Municipal de Olhão “vai contra o que é recomendado pelo estudo que a acompanhou”, que indica que a reestruturação da rede de transportes urbanos “deverá ter em consideração as necessidades de mobilidade da população, bem como o papel desta área à escala do concelho”, acrescentando ainda “a importância das viagens entre freguesias do concelho, que, no caso de viagens com destino a Olhão, podem constituir-se como potenciais viagens da futura rede de transportes urbanos”
A União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta lamenta que, “no caso da nossa freguesia, estes pressupostos não são tidos em conta.”
