A Comissão de Utentes dos serviços públicos de Castro Marim lamentou hoje a ausência do executivo municipal na reunião realizada na sexta-feira na Assembleia da República para debater o encerramento de extensões de saúde no concelho, disse um dirigente.
Em declarações à Agência Lusa, o dirigente da Comissão de Utentes Manuel António considerou que “a câmara se deveria ter feito representar com algum membro do executivo”, para dar a sua visão de como o encerramento das extensões de Saúde das freguesias de Azinhal e Odeleite está a “prejudicar” a vida da população, maioritariamente idosa e a residir em aldeias isoladas.
Em causa está uma reunião com a vice-presidente da Assembleia da República Teresa Caeiro para apresentar um abaixo-assinado com cerca de 1.200 assinaturas em defesa dos serviços públicos, recolhidas durante uma manifestação realizada em dezembro frente às Finanças de Castro Marim, outro dos serviços que a Comissão de Utentes teme que o Governo venha a encerrar.
“Castro Marim não pode ter mais serviços encerrados e as extensões de Saúde de Odeleite e Azinhal deviam ser reabertas”, disse o dirigente da Comissão de Utentes, que elogiou o presidente da Junta de Azinhal por se ter feito representar e ter exposto os seus pontos de vista na reunião, “dando força à posição da Comissão”.
Manuel António disse à Lusa que Teresa Caeiro prometeu que a Comissão será brevemente recebida por todos os Grupos Parlamentares para apresentar os seus argumentos, mas frisou que a estrutura está “ciente de que esta é uma luta que precisa de continuidade para ter resultados”.
O presidente da Câmara de Castro Marim, Francisco Amaral (PSD), disse, entretanto, que não se fez representar na reunião porque a autarquia “não foi convidada a estar presente”.
“Nunca nos foi feito o convite. Foi-nos pedida colaboração em termos de transporte e a câmara disponibilizou. No futuro, se a autarquia for avisada com tempo e convidada com certeza far-se-á representar”, adiantou o autarca.